segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Saudades do que não vivi...





Quando o meu filho Mateus era pequeno, costumava conversar muito comigo. Muito mais do que faz hoje. Acho que ele até gostava de fazer isso.

Hoje, as conversas minguaram.
Mas acho que isso é o normal, é o curso natural das coisas.

Só sei que andávamos muito de carro, ou viajando ou mesmo indo de São Paulo para Guarulhos e vice-versa, aproveitando os engarrafamentos da vida.

Um dia, em alguma dessas viagens, ele perguntou: “Paiêêê” (sim, ele falava um “paiêêê”, assim mesmo, bem “cantado”...) “o que é ‘hippie’?”.

Ao menos, foi o que EU entendi.

Meio admirado com a pergunta (Onde o Mateus ouviu falar em “hippies”?!?!?!), comecei a explicar que tinha sido um movimento jovem, do fim da década de 1960, começo de 1970, que pregava o pacifismo, o poder da flor, era contra a guerra do Vietnã e sei lá mais o que.

(Em razão da idade do pimpolho, preferi deixar de lado a questão do “amor livre”...).

Ele, comportadinho, ouviu minhas explicações. E perguntou, ao final da minha brilhante explanação: “Paiêêê, mas porque, nos desenhos animados, quando alguém morre eles escrevem isso?”.

Obviamente, caí na risada, rindo da minha própria bobagem. 

O Mateus tinha visto algum desenho em que na lápide do personagem, estava escrito “R.I.P.”, ou “rest in peace”, em inglês, ou “requiescat in pace”, em latim...

Lembrei dessa historinha fofinha, de pai e filho, porque estou assistindo ao documentário “Woodstock: Three Days of Peace & Music”, feito em 1970 (eu tinha 7 anos!!!), com cenas do festival.


Aquilo foi, no mínimo, louco!!!


São mais de 3 horas de filme!!!

É muito engraçado voltar no tempo, ouvindo aquelas músicas, vendo um Joe Cocker com cara de moleque, Joan Baez com cabelos pretos, Janis Joplin com oclinhos redondinhos e vermelhos, ouvindo uma salada musical com rock, soul, blues, funk, rockabilly, rock progressivo, folk e música de protesto.

Que “Rock in Rio” que nada!!!

Aquilo sim foi um “festival-raiz”. RIR é "festival-nutela"!!!

Procurem ver.

Deu uma saudade do que não vivi...



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