Este ano, farei minha 20ª pescaria na Amazônia.
A cada ano, tiro uma semaninha e vou pescar.
É uma semana de calor intenso, chuvas violentas e,
obviamente, pescaria.
(Antes que alguém reclame, praticamos o pesque-e-solte: o peixe é capturado, fotografado e devolvido ao rio...)
Mas, tenho que dizer:
NÃO CONHEÇO A AMAZÔNIA.
Aquilo é grande demais!!!
Pegamos o barco grande, navegamos e, depois, pescamos sem
sair do barquinho.
Costumo dizer que conheço alguns rios e uns 3 metros de cada
margem.
Nesse período, nunca tomei um banho de rio. Nunca entrei na “selva”.
Vi pouquíssimos bichos.
Mas vi muitos e muitos desmatamentos. O cara desmata uma
área na beira do rio, para criar boi. Aí, a gente vê aquela grande área sem
árvores e com meia dúzia de boizinhos, já que, desmatada a área, quase não cresce
mais nada.
Nesse tempo que vou para lá, descobri que a terra amazônica
NÃO É FÉRTIL. Ela se presta a manter a floresta, de árvores enormes e com raízes pouco
profundas, que caem com as chuvas e com a mudança dos cursos dos rios.
É preciso a cobertura vegetal, para que a floresta exista.
Desmatada, pouca coisa cresce na terra "arenosa".
Outra coisa que chama muito a atenção, são as “comunidades”.
Um amontoado de casinhas, em torno de uma “igreja”. À noite, quando o barco
para perto de uma delas, ouvimos o som de um gerador, que funciona até o fim da
novela. Após, escuridão total.
Tudo desmatado em volta.
Com todo o respeito a todos os que hoje debatem o “desmatamento
da Amazônia”: aquilo vem sendo desmatado não é de hoje.
E tem que parar.
Mas, o que fazer com os pobres coitados que moram naquelas “comunidades”
e tiram seu pouco sustento justamente da devastação da floresta?
Alguém me explica?
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