Pois é.
Como o meu São Paulo jogou ontem,
estou aqui, com a TV ligada, vendo o Parmera x Curintxa, torcendo para que os
dois times percam, uma clara impossibilidade lógica.
De toda forma, eu já tinha visto na
internet e o Milton Leite, narrador, confirmou: ocorreram várias brigas entre “torcedores”,
na Zona Leste de Sampa e até aqui em Guarulhos, sendo que, em uma dessas
brigas, um coitado que passava por ali e não tinha nada a ver com o peixe (não
é o Santos, é só uma expressão...) acabou morrendo, de um tiro que
levou.
Briga entre “torcedores” já encheu o
saco.
Outro dia, uns “dirigentes” de uma
torcida organizada do Curintxa, ao saírem – acreditem – do Fórum Criminal da
Barra Funda, onde tinham ido conversar com Promotores de Justiça a respeito de –
pasmem – violência entre torcedores, foram agredidos por torcedores, ao que
parece, do Parmera.
Um dos tais “dirigentes” quase
morreu.
O outro acabou preso, dias depois,
porque em sua casa, tinha ele, armas ilegais.
Sem dúvida, gente boa.
Fico pensando se isso tem alguma
solução.
Sempre falei da minha admiração pela
necessidade que o ser humano tem, de se reunir sob algum tipo de “bandeira”.
Família, país, time de futebol, tudo
(e nada) é motivo para que um grupo “odeie” outro.
E em curto prazo, não vejo solução.
Aí lembrei de um processo que vi
esta semana.
Roubo, em alguma cidade do interior.
Cinco “vítimas da sociedade” invadiram
a residência de um casal. Armados. Roubaram algumas coisas e acabaram fugindo.
Um dos “coitadinhos”, burro como ele
só, acabou perdendo seu RG (quem leva RG pra fazer um assalto?!?!?!), sendo
identificado, preso e condenado (apesar de regularmente defendido pela Defensoria
Pública, que é paga pelos impostos que pagamos).
A N. Defensoria Pública, recorreu em
favor do “pobre coitado”, com laudas e laudas de teses sem sentido.
Caso bobo e simples.
Mas o que me impressionou, foi que o
casal-vítima, já de uma certa idade, apesar de narrarem (suas declarações foram "filmadas" como é comum hoje em dia) com detalhes o roubo
sofrido, ficaram profundamente constrangidos ao contar que o “despossuído”, por
várias vezes, chamou a vítima de “VACA”.
Para a senhora, a humilhação de ser
chamada de “VACA” foi MAIOR que a humilhação do roubo e das ameaças em si.
O casal era gente de bem.
Não me pareceu ser gente “rica”, mas
gente “bem de vida”, capaz de ter uma casa que acendeu a cobiça dos “desiguais”.
Estas não hesitaram em invadir a
casa, de arma em punho, tomar os bens da vítima e, absurdamente, chamaram a
senhora de “VACA”.
Aqui vejo a solução, que é obvia.
Sentiu-se ofendida a vítima, por ser
chamada de “VACA”.
Para ela, pessoa honesta, com alguma
cultura, que certamente criou filhos, talvez netos, que paga suas contas, que
trabalha ou trabalhou para ter a casa onde morava, o pior de tudo foi ser
chamada de “VACA”.
Mais que seu patrimônio, sua moral e
caráter foram violentamente agredidos.
Por um “coitadinho” que, apesar de
ter sido reconhecido pelas vítimas e de ter deixado seu RG no local, negou o
crime.
A solução?
Ainda não viu, MCeQIL?
A solução chama EDUCAÇÃO.
“Eduque o jovem e você não precisará
punir o adulto”, disse alguém.
Nunca chamei alguma mulher de “vaca”.
Aliás, apesar de ser muito “boca-suja”,
foram poucas as vezes que, efetivamente, xinguei alguém, com intuito de
REALMENTE ofende-lo e/ou intimidá-lo.
(Tá, chamo arbitro de futebol de “ladrão”,
de “fdp”; chamo o bandido de “safado”; chamo o motorista ruim de “Mané”, “braço”...)
Mas quase nunca OFENDI alguém realmente,
por meio de palavrões.
Mais educação e mais respeito pela dignidade
alheia.
ESSA é a solução.
Mas, nesse país, do jeito que está,
vai ser difícil implementar...
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