domingo, 3 de abril de 2016

MAIS DO MESMO.




Pois é.

Como o meu São Paulo jogou ontem, estou aqui, com a TV ligada, vendo o Parmera x Curintxa, torcendo para que os dois times percam, uma clara impossibilidade lógica.

De toda forma, eu já tinha visto na internet e o Milton Leite, narrador, confirmou: ocorreram várias brigas entre “torcedores”, na Zona Leste de Sampa e até aqui em Guarulhos, sendo que, em uma dessas brigas, um coitado que passava por ali e não tinha nada a ver com o peixe (não é o Santos, é só uma expressão...) acabou morrendo, de um tiro que levou.

Briga entre “torcedores” já encheu o saco.

Outro dia, uns “dirigentes” de uma torcida organizada do Curintxa, ao saírem – acreditem – do Fórum Criminal da Barra Funda, onde tinham ido conversar com Promotores de Justiça a respeito de – pasmem – violência entre torcedores, foram agredidos por torcedores, ao que parece, do Parmera.
Um dos tais “dirigentes” quase morreu.
O outro acabou preso, dias depois, porque em sua casa, tinha ele, armas ilegais.
Sem dúvida, gente boa.

Fico pensando se isso tem alguma solução.

Sempre falei da minha admiração pela necessidade que o ser humano tem, de se reunir sob algum tipo de “bandeira”.
Família, país, time de futebol, tudo (e nada) é motivo para que um grupo “odeie” outro.
E em curto prazo, não vejo solução.

Aí lembrei de um processo que vi esta semana.
Roubo, em alguma cidade do interior.
Cinco “vítimas da sociedade” invadiram a residência de um casal. Armados. Roubaram algumas coisas e acabaram fugindo.
Um dos “coitadinhos”, burro como ele só, acabou perdendo seu RG (quem leva RG pra fazer um assalto?!?!?!), sendo identificado, preso e condenado (apesar de regularmente defendido pela Defensoria Pública, que é paga pelos impostos que pagamos).
A N. Defensoria Pública, recorreu em favor do “pobre coitado”, com laudas e laudas de teses sem sentido.

Caso bobo e simples.

Mas o que me impressionou, foi que o casal-vítima, já de uma certa idade, apesar de narrarem (suas declarações foram "filmadas" como é comum hoje em dia) com detalhes o roubo sofrido, ficaram profundamente constrangidos ao contar que o “despossuído”, por várias vezes, chamou a vítima de “VACA”.
Para a senhora, a humilhação de ser chamada de “VACA” foi MAIOR que a humilhação do roubo e das ameaças em si.

O casal era gente de bem.
Não me pareceu ser gente “rica”, mas gente “bem de vida”, capaz de ter uma casa que acendeu a cobiça dos “desiguais”.
Estas não hesitaram em invadir a casa, de arma em punho, tomar os bens da vítima e, absurdamente, chamaram a senhora de “VACA”.

Aqui vejo a solução, que é obvia.
Sentiu-se ofendida a vítima, por ser chamada de “VACA”.
Para ela, pessoa honesta, com alguma cultura, que certamente criou filhos, talvez netos, que paga suas contas, que trabalha ou trabalhou para ter a casa onde morava, o pior de tudo foi ser chamada de “VACA”.
Mais que seu patrimônio, sua moral e caráter foram violentamente agredidos.
Por um “coitadinho” que, apesar de ter sido reconhecido pelas vítimas e de ter deixado seu RG no local, negou o crime.

A solução?
Ainda não viu, MCeQIL?

A solução chama EDUCAÇÃO.

Eduque o jovem e você não precisará punir o adulto”, disse alguém.

Nunca chamei alguma mulher de “vaca”.
Aliás, apesar de ser muito “boca-suja”, foram poucas as vezes que, efetivamente, xinguei alguém, com intuito de REALMENTE ofende-lo e/ou intimidá-lo.
(Tá, chamo arbitro de futebol de “ladrão”, de “fdp”; chamo o bandido de “safado”; chamo o motorista ruim de “Mané”, “braço”...)

Mas quase nunca OFENDI alguém realmente, por meio de palavrões.

Mais educação e mais respeito pela dignidade alheia.
ESSA é a solução.


Mas, nesse país, do jeito que está, vai ser difícil implementar...



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