Muito já se falou sobre a corrupção
no Brasil, suas causas e motivos.
PARECE que a tese mais na moda hoje
em dia, seria a de que o Brasil tem um caráter “cartorialista”.
Tudo, para nós, tem que ter firma
reconhecida, três cópias autenticadas e “tem que ser selado, registrado, carimbado,
avaliado e rotulado se quiser voar” (como cantava Raul), o que induz a criar dificuldades
para vender facilidades.
(Tem a piada do patrício que mandou
limpar o arquivo morto, jogando tudo fora mas, por via das dúvidas, mandou
fazer cópias de tudo...)
Comprovando isso, imagine você,
MCeQIL, que precisamos carregar um documento para dizer que “eu sou eu”!!!
Chama-se “carteira de identidade”...
Enfim.
Mas eu tenho a minha própria teoria
a respeito da corrupção no país.
Que não invalida a teoria do “cartorialismo”,
somente se agrega a ela.
Nossos políticos tendem a ser
corruptos porque não usam CARTEIRA.
Sim, aquela carteira, de couro ou
de algum outro material, que vai no bolso, que tem dinheiro, documentos, cartão
de crédito, cartão do plano de saúde, carta de motorista, documento do carro...
(Na minha tem até um “cartão-canivete”
da Victorinox, útil pacas.
Além do cartão do “Sam´s Club”)
OBS.: se você é MULHER, não se sinta excluída! Substitua "carteira" por "bolsa" e tá tudo certo.
Imagine o seguinte: o cara é
candidato a um cargo eletivo qualquer.
E vai pra rua pedir votos.
Empurra daqui;
Beija uma criança
remelenta dali;
Abraça um velhinho;
Beija uma periguete;
(merece uma segunda foto, vai...)
Faz "selfie"...
Tudo no meio da muvuca...
Todo mundo apalpando todo mundo...
E lá pelas tantas, o cara, na
frente das câmeras de TV, resolve, sei lá..., comer um PASTEL.
Para na banquinha do japa, pede “um
de palmito com caldo de cana”, da uma mordida, bebe um gole de garapa e sai
apertando a mão de todo mundo.
OBSERVE, MCeQIL,
QUE ELE NÃO PAGA O
JAPA!!!
Não seria de “bom tom”, o Ilustre Candidato,
sacar “dez real” e pagar a conta.
Ia parece que ele não é benquisto
pelo japa pasteleiro que não fez a gentileza de matar a fome do candidato, por
apoio a sua campanha.
Mas o japa, claro, não fica no
preju, pois pegaria mal ele ir a TV e dizer que o candidato não pagou o
pestelucho.
Assim, um “assessor” vai atrás do
candidato, pagando pasteis, garapas, cafezinhos, buxadas de bode e sei lá mais
o que um candidato coma em campanha.
O mesmo vale para celular.
Não dá pra imaginar um ilustre
candidato tendo que, prosaicamente, colocar o celuleba na tomada, pra não ficar
sem bateria.
(Sem contar que os celulares
modernos, “smarphones”, grandes e pesados, não encaixam direito no bolso do
terno, deixando o terno “torto” e “cheio” e, obviamente, sem o menor charme e elegância)
O que o candidato faz?
Usa o do assessor, que tem por
função, ter sempre um celuleba carregado a disposição do candidato!!!
(Além do que, já pensou o Ilustre
Político ter um celuleba subtraído, com todos os contatos, telefones e
mensagens gravadas? Quanto valeria isso?)
Assim, cria-se uma “mania”: o político
se acostuma a não ter carteira (já que alguém sempre paga suas contas), da
mesma forma que não carrega o celular (algum faz isso por ele).
Se ele não paga nada é porque alguém
faz isso por ele.
E, quando chega ao poder, adivinha?
ELE JÁ ESTÁ VICIADO!!!
Continua a não pagar nada, já que
sempre haverá “alguém” para fazer isso por ele!!!
Ele passa a não ter nem uma “carteira
virtual” (vulgo “conta de banco”) em seu nome: “alguém”, em algum lugar, paga
suas contas e coloca mais algum dinheirinho em alguma conta em algum banco, de
algum país, que nós, mortais carregadores de carteira, nunca iremos visitar,
pois não temos “orçamento” (nem “carteira”) para isso.
E a coisa cresce.
Sítio no meu nome? Para que? Algum
amigo terá um sítio para que eu use.
Triplex? ...
Assim, já que se faz tanta lei
neste país, que tal fazer uma em que todo político seja obrigado a ter uma
CARTEIRA?
MINHA CARTEIRA!!!
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