Em Direito, existe a figura do “homem
médio”.
Esse “homem médio”, como o nome sugere,
não anda mais rápido que os outros; não corre mais que os outros;
não enxerga mais longe que os outros; não é mais inteligente que
os outros; não é mais burro que os outros...
É ele, meu caro e quase inexistente
leitor, o “homem comum”.
Ou seja, SOMOS TODOS NÓS.
Em algum aspecto, podemos até ser SUPERIORES ou INFERIORES a outros.
Mas, no GERAL, somos todos
representantes desse “homem médio” ou “homem comum”.
Assim, por exemplo, um semáforo para
pedestres deve ter o tempo mínimo necessário para que o “homem médio” possa
atravessar a rua com segurança.
Não é o tempo para um corredor de
100 metros rasos cruzar a rua.
Nem o tempo para um homem com
muletas cruzar a rua.
É o tempo que um “homem comum” leva
para atravessar a rua.
Mas, esse conceito, em Sampa, vem
sendo olimpicamente desprezado.
Imagine o seguinte: o “homem médio”,
o “homem comum”, se movimenta em São Paulo a pé, de carro, de ônibus,
de metro e de trem.
Concorda?
Esses são os meios de locomoção do
nosso HOMEM MÉDIO.
A imensa população de Sampa usa
esses “modais” (palavrinha da moda...) para se locomover na cidade.
Mas o Ilustre Alcaide Municipal, do
alto de toda a sua imensa sabedoria, resolveu que o HOMEM MÉDIO PAULISTANO se
locomove... DE BICICLETA!!!
Nada mais é feito em Sampa, que não seja
direcionado a esse HOMEM MÉDIO-CICLISTA.
São milhões de litros de tinta,
usados para demarcar as ciclovias.
Tinta essa IMPRÓPRIA para esse fim, já
que as ciclovias estão "descascando".
(Pergunta: quem será que VENDE essa
tinta para a prefeitura? Quem indicou qual a tinta mais “adequada” para esse
trabalho? Perceberam que essa tinta é VERMELHA? Porque será?)
E mais.
Estão planejando que tais ciclovias,
venham a invadir a calçada central da Av. Paulista.
“Fora pedestre e que venham as
bicicletas!!!”
Em outros locais, a ciclovia invade,
acreditem, os calçadões de pedestres!!!
“Pedestre?
Que se dane...”
Mas o melhor aconteceu agora.
Colocaram a tal ciclovia em frente a
uma escola, a “Madre Cabrini” (acho que o nome é esse).
(foto do jornal "Folha de São Paulo")
E os alunos, agora, para descer dos
carros ou para entrar neles, tem que cruzar a ciclovia (pintada de vermelho) e
atingir uma “ilha para pedestres” pintada de azul!!!
De quem será a responsabilidade quando
um CICLISTA atropelar uma criança?
A escola vai ter que colocar um “segurança
de trânsito”, para que as crianças possam cruzar a ciclovia em segurança?
Mas em outro local, com grande
numero de RESTAURANTES, a ciclovia foi pintada e “despintada”, quando os donos dos estabelecimentos alimentares,
reclamaram.
É, meu caro e quase inexistente
leitor, que mundo é esse em que vivemos...
Como diz minha banda de punk-rock
preferida,
“Pobre São Paulo,
pobre paulista”...
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