terça-feira, 5 de março de 2013

MEMÓRIAS GASTRONÔMICAS.


Tenho a consciência (e quilos pra provar...) de que poucas coisas na vida são melhores que comer.

Das (poucas) coisas melhores que comer, falaremos um outro dia, em um horário que não tenhamos crianças na Internet.

Ontem, acordei meio enjoado e não tomei um café da manhã digno desse nome.
Só sei que, a tarde, me vi no centro de Sampa e faminto.
Na praça João Mendes, perto do fórum, tem uma padoca, bem antiga.
Santa Tereza.
Fui até lá, pensando no que comer.
E, olhando o balcão-estufa, não resisti a um pedaço de pizza.

PIZZA DE PADOCA!!!



Rapaz, pizza de padoca é diferente de pizza de pizzaria.
Não sei definir exatamente o porque, mas é diferente.
Talvez pelo fato da gente pedi-la aos pedaços e não pedir uma inteira; talvez porque a comemos no balcão; ou talvez porque ela fica naquela estufa, sendo mantida quente por vapor d´água... sei lá.
Só sei que aquele pedaço de pizza de mussarela, de padoca, acabou me trazendo algumas ótimas lembranças gastronômicas.

Interessante que me fixei nas comidas mais simples e caseiras.
Nada de comida de restaurantes caros, ou de doceiras de “grife”.
Só lembrei de coisas simples, feitas em casa ou em restaurantes/bares/padocas simples.

Lembrei do doce de abóbora que minha mãe fazia.
Ela fez tanto e eu comi tanto, uma época, que cheguei a enjoar.
Hoje, sempre que acho um belo doce de abóbora, não deixo passar.
O frango de forno dela, com cerveja, também deixou saudades.
E o sanduba gelado...

Lembrei de bolo de fubá, feito por muitas pessoas.
O Ismar sempre lembra que, bolo de fubá com café é azia automática.
Mas é muuuuito bom.

Lembrei de uns “biscoitos” (não sei o nome daquilo...) de milho, que comia na casa da Tia Tita, em Redenção da Serra.
Aqueles biscoitos, salgadinhos, com o café fraquinho que a tia fazia (eu tomava canecas daquilo!!! Coisa de interior mesmo!!!) era muito bom!!!
O tal biscoito derretia na boca!!!
Alô povo de Redenção da Serra, Taubaté, São Luis do Paraitinga e adjacências: quem souber onde posso comprar aqueles bolinhos, NÃO DEIXE DE ME AVISAR!!!

Lembrei de uns pastéis que a Tia Miloca fazia lá em Ribeirão do Pinhal, lá no Paraná.
Acho que eram feitos de massa de milho também, mas não tenho certeza.
Que coisa boa!!!
Aliás, como a Tia Miloca cozinha bem, rapaz...
Tudo a base de banha de porco, sem essas “modernidades” de óleo vegetal.

Lembrei de uma feijuca que o Tio Nilo fez.
Quando voltamos da formatura dele, lá pelas tantas da madruga, tivermos a oportunidade de começar a comer a feijuca, que seria servida no dia seguinte, no almoço!!!

Lembrei de umas esfihas que o Tio Nilo levava em casa também.
Ele temperava a carne, levava em um cafofo lá no Bom Retiro (eu acho...) e os caras faziam as esfihas com a carne que ele havia temperado.
Levava aquilo de caldeirão lá pra casa.

Lembrei das pizzas feita no fundo da panela de pressão pela Vó Cotinha.
Não eram a oitava maravilha do mundo, mas como caiam bem...

Lembrei dos bolos que a Tia Pequenina fazia, pra tomar com café.
Simples e gostosos.
Quando a gente perguntava do que era aquele bolo, ela explicava: “É bolo-bolo!”.
Bolo de nada talvez...
Entendeu?

Lembrei dos pastéis de pastelaria chinesa.
Hoje a gente fala em “pastel de feira” ou “pastel de japonês”, né?
Mas, “nos antigamentes”, pastelaria era CHINESA!
E tem toda lógica, já que, segundo andei lendo, “pastel” nada mais é que uma adaptação do “rolinho primavera” chinês. Tem tudo a ver.
Lembro de comer pastel no centro velho de Sampa, não sei onde exatamente, em pastelaria chinesa, com meu pai.
Eu pedia garapa, ele Crush (um tipo de Fanta laranja).
Eu comia pastel de queijo. Ele de carne.
E estamos vivos ainda!!!

Lembrei de uns “fios de ovos” que a Vó trazia lá do centro velho.
Eram umas “porções” do doce, durinhas, cortadas em triângulos, açucaradas por cima.
Ô coisa boa!!!

Lembrei de um japinha que, na porta da “EEPG Conselheiro Crispiniano”, vendia uns salgadinhos na hora da entrada da aula.
Ele trazia tudo em um cesta de vime, presa em uma bicicleta.
Nem me lembro exatamente o que era, só sei que sempre dava um jeito de arrumar umas moedinhas pra comprar aquilo.
E continuo vivo!!!

Lembrei de uma padoca (ou seria uma lanchonete?) que tinha na Praça Getulio Vargas, bem na esquina, onde, de vez em nunca, eu comia hambúrguer.
Nada de “Mc”.
Só pão, hambúrguer e queijo.
Com coca-cola. Normal. Nada de Zero ou Diet.

Lembrei do sanduba de lingüiça, que tinha lá no alto da serra da Rodovia Osvaldo Cruz, no “Bar do Tuniquinho”.
Continuo vivo!!!

Lembrei de pipoca com queijo, na pracinha de Ubatuba.

Lembrei dos sanduíches do “Ponto Frio”, do centro velho, que comia após os cursos de fotografia que fiz lá no Enio.

Lembrei dos tacos do “Jack in the box”!!!

Lembrei do “Chicken in the basket” do América.
Que pena que acabou…

De hoje em dia, uma coisa que certamente ficará na lembrança, é o “patê de frango” da Su.
Com pão de forma torrado na torradeira.
Mas isso é coisa pra discutir no futuro, já que o tal patê continua rolando, de quando em quando.
Ótimo.

Fica a pergunta.
Era tudo bom mesmo, ou a memória e o passar do tempo fazem com que fique tudo melhor do que era?

Com a palavra você, meu caro e quase inexistente leitor.
Quero ouvir AS SUAS memórias gastronômicas.

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