sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O VERDADEIRO BBB.





Não vou insultar a sua inteligência e cultura, meu caro e quase inexistente leitor, explicando a origem da expressão “Big Brother”.

....


Ok, ok.
Vou insultar sim.

No ano de 1948, logo após a Segunda Guerra, e com o início da Guerra Fria, George Orwell publica “1984”.
No livro, no “futuro” (1984 era FUTURO em 1948...), o mundo estaria dividido não mais em países, mas em grandes “conglomerados”, que lutam entre si, em guerras intermináveis.
E no lugar onde mora o “herói” da história, Winston, em uma sociedade autoritária, quem manda em tudo é um cara conhecido como “O Grande Irmão” (“Big Brother” em inglês).
Esse cara, que ninguém vê, vigia todo mundo, através de um tipo de “televisão”, que além de transmitir programas do governo, o tempo todo, sem poder ser desligada, tem algum tipo de “câmera”, que vigia todos.
(Parece alguma coisa que você conhece? Só pra saber...)

Aí, um bocó qualquer, criou o BBB, um programa de televisão bestíssimo, onde os participantes, vigiados o tempo todo por câmeras, são chamados, acreditem, de “brothers”...
Duvido que algum “brother”, de qualquer uma das “edições” do BBB, algum dia tenha lido ALGUM livro.
Qualquer um.
O “1984”, obviamente, nem pensar...

Mas, no verdadeiro e real BBB, temos uma escola em São Paulo, particular e tradicional, que resolveu (ao que parece sem nenhum motivo em especial), colocar câmeras nas salas de aula, para vigiar os “pimpolhos” que lá estudam.

A decisão gerou revolta na garotada, que protestou.
Resuma da ópera: 107 alunos suspensos.

Vou deixar os aspectos educativos, pedagógicos e psicológicos para quem entende do assunto.
(Com a palavra a Su, a Célia/Rê e quem mais se identificar com a história...)

Quero falar somente dessa coisa de sermos vigiados o tempo todo.

Olha só: você sai na rua, e os radares vigiam você, punindo os seus excessos de velocidade.
Nos shoppings, câmeras registram quando seu carro entra.
Você é filmado enquanto anda pelos corredores.
Tem um projeto para coloca um “chip” no seu carro, para que se possa saber onde e quando você entrou em uma determinada estrada (a desculpa é cobrar pedágio).
O seu celular pode ser facilmente rastreado.
(Sem contar que VOCÊ mesmo, caro e quase inexistente leitor, faz questão de dizer a todo mundo onde está, através de programinhas próprios para isso.)
No condomínio, tem câmeras na frente do prédio e no estacionamento.
Câmeras nas agências bancárias e prédios públicos.
Nos calçadões.
Aeroportos.
Hospitais.
E sei lá mais onde.

Agora, nossos "anjinhos" serão vigiados na escola.

Tá.
Segurança em primeiro lugar.
Mas tá certo isso?

A vigilância na hora de entrada e saída e, talvez, até nos corredores da escola são aceitáveis.
Mas será que, realmente, precisamos de câmeras nas SALAS DE AULA?

E até onde irá isso?
Amanhã ou depois, será que alguém não vai querer colocar uma câmera, em sua casa, “para sua proteção”?

Sei não...

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