Sendo eu “metido a fotógrafo”,
sempre que um filme faz menção a fotografia e/ou fotógrafos, gosto de assistir.
Até hoje não perdi a esperança de aprender alguma coisa...
Enfim.
Essa busca por “cultura
fotográfica”, me levou a assistir ao filme “A Pele” (“Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus”, 2005, com a sempre maravilhosa Nicole Kidman e o
sempre ótimo canastrão Robert Downey Jr., dir. Steven Shainberg).
Como o nome em inglês do
filme já indica, não se trata da biografia da fotógrafa Diane Arbus, mas uma biografia
“que talvez pudesse ter sido”.
Não vou falar do filme
que, na verdade, achei meio previsível e até mesmo “bobinho”.
Assista e depois me
conte o que achou.
Quero mais é falar da
Diane Arbus.
Faça um favor, meu caro
e quase inexistente leitor: abre o Google aí, escreva “Diane Arbus”, clique em “imagens”
e dê uma olhada.
Eu espero aqui.
.
..
...
....
.....
Já olhou?
O que achou?
De cara, a gente vê que
a Dona Diane gostava de um tipo de fotografia meio “alternativa”.
Não estava ela muito
interessada em fotografar gente “normal”
ou “gente bonita”.
No geral, ela gostava de
anões, travestis, velhos e velhas, pessoas com defeitos físicos, pessoas feias
com alguma coisa “diferente”, e até
uma criança brincando com uma “granada de
mão” de brinquedo.
Pesquisando um pouco
mais, você pode até achar umas meninas, peladas, meio que bonitinhas.
Mas, pelo que andei
vendo, essas fotos foram tiradas em um campo de nudismo, o que não é exatamente
“normal”, nem hoje nem das décadas de
1950/60 (antes que a patrulha do politicamente correto me xingue, digamos que “campo de nudismo” é coisa “incomum”, pronto).
E segundo o Wikipédia, a
D. Diana se suicidou, em 1971, enchendo a cara de remédios e cortando os
pulsos.
Mas fica a pergunta: o que é mais importante, a
FOTO, como “documento”, a FOTO pela
sua “qualidade técnica”, ou a FOTO
pelo que ela retrata?
O que eu quero saber é mais ou menos o seguinte:
O que “vale
mais”: uma foto muitissimo bem tirada, com todas as luzes, aberturas, foco
e tudo o mais em cima, do PAPA em seu trono papal, ou uma foto meio desfocada,
com a luz toda errada, do mesmo PAPA no “troninho”?
Ou levando um tombão?
Ou a foto de um desconhecido feio, mas digno
em sua feiúra, ou da Gisele Bundchen, antes de pentear o cabelo e lavar a cara
de manhã?
Ou a foto perfeita de uma ponte, ou a foto de um
acidente de carro acontecido na mesma ponte?
Tá.
Já sei.
Você, caro, inteligente e quase inexistente leitor,
vai falar algo como “cada foto tem lá sua
importância”.
Concordo.
Mas, deve ser ótimo estar no lugar certo na hora
certa, não?
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