quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PELE.





Sendo eu “metido a fotógrafo”, sempre que um filme faz menção a fotografia e/ou fotógrafos, gosto de assistir.
Até hoje não perdi a esperança de aprender alguma coisa...

Enfim.

Essa busca por “cultura fotográfica”, me levou a assistir ao filme “A Pele” (“Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus”, 2005, com a sempre maravilhosa Nicole Kidman e o sempre ótimo canastrão Robert Downey Jr., dir. Steven Shainberg).
Como o nome em inglês do filme já indica, não se trata da biografia da fotógrafa Diane Arbus, mas uma biografia “que talvez pudesse ter sido”.

Não vou falar do filme que, na verdade, achei meio previsível e até mesmo “bobinho”.
Assista e depois me conte o que achou.

Quero mais é falar da Diane Arbus.
Faça um favor, meu caro e quase inexistente leitor: abre o Google aí, escreva “Diane Arbus”, clique em “imagens” e dê uma olhada.

Eu espero aqui.

.
..
...
....
.....

Já olhou?
O que achou?

De cara, a gente vê que a Dona Diane gostava de um tipo de fotografia meio “alternativa”.
Não estava ela muito interessada em fotografar gente “normal” ou “gente bonita”.
No geral, ela gostava de anões, travestis, velhos e velhas, pessoas com defeitos físicos, pessoas feias com alguma coisa “diferente”, e até uma criança brincando com uma “granada de mão” de brinquedo.

Pesquisando um pouco mais, você pode até achar umas meninas, peladas, meio que bonitinhas.
Mas, pelo que andei vendo, essas fotos foram tiradas em um campo de nudismo, o que não é exatamente “normal”, nem hoje nem das décadas de 1950/60 (antes que a patrulha do politicamente correto me xingue, digamos que “campo de nudismo” é coisa “incomum”, pronto).

E segundo o Wikipédia, a D. Diana se suicidou, em 1971, enchendo a cara de remédios e cortando os pulsos.

Mas fica a pergunta: o que é mais importante, a FOTO, como “documento”, a FOTO pela sua “qualidade técnica”, ou a FOTO pelo que ela retrata?

O que eu quero saber é mais ou menos o seguinte:

O que “vale mais”: uma foto muitissimo bem tirada, com todas as luzes, aberturas, foco e tudo o mais em cima, do PAPA em seu trono papal, ou uma foto meio desfocada, com a luz toda errada, do mesmo PAPA no “troninho”? Ou levando um tombão?

Ou a foto de um desconhecido feio, mas digno em sua feiúra, ou da Gisele Bundchen, antes de pentear o cabelo e lavar a cara de manhã?

Ou a foto perfeita de uma ponte, ou a foto de um acidente de carro acontecido na mesma ponte?

Tá.
Já sei.
Você, caro, inteligente e quase inexistente leitor, vai falar algo como “cada foto tem lá sua importância”.
Concordo.

Mas, deve ser ótimo estar no lugar certo na hora certa, não?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente. Mas lembre-se: blog é meu! Se for escrever bobagens e/ou baixarias, SERÁ CENSURADO. Sem dó nem piedade.
ATENÇÃO: SE NÃO ESTIVER CONSEGUINDO POSTAR SEU COMENTÁRIO, EXPERIMENTE, NA CAIXA "COMENTAR COMO", LOGO ABAIXO, MARCAR "ANÔNIMO". MAS NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO.