quarta-feira, 16 de maio de 2012

EU ESCREVO, TU ESCREVES, ELE ASSASSINA A LÍNGUA PORTUGUESA.





Não sou, caro e quase inexistente leitor, um “fera” na língua pátria.
Acho até que não sou péssimo, mas tenho certeza que cometo lá meus errinhos.
E sempre me refugio naquele papo de que "o português é uma das línguas mais difíceis do mundo".

Nunca aprendi, por exemplo, a acentuar palavras.
Faço por “instinto”, sabendo, mais ou menos “de cor”, as palavras que tem ou não, acentos.
E viva o São Word, que me corrige sempre que preciso!!!

O mesmo acontece com a colocação de vírgulas e outros “pontos” em geral.

Até por isso, fiz questão de nunca “corrigir” um advogado ou um juiz, quando encontrava algum erro de português em alguma petição ou sentença.

Eu costumava descrever um acidente de trânsito, escrevendo que “o veículo X colidiu contra a traseira do veículo Y que SEGUIA a sua frente”.
Até que meu pai me corrigiu: “Ô mané, se o veiculo ia A FRENTE, como ele podia estar SEGUINDO o outro?!?! Isso é uma contradição em termos!!!

Concordei e passei a escrever que o veículo bateu na traseira do veiculo que TRAFEGAVA a sua frente.
Melhorou.

Mas tenho que contar essa.
Em um processo, o cara disse que o réu deveria ser absolvido, porque havia uma “ROBUSTA FALTA DE PROVAS”...
Tive que rir.
Fiquei tentado a dizer que a falta de prova era “mignon” ou “raquítica” e, por isso, o cara tinha que ser condenado.
Mas, não o fiz.
Sei lá, vai que o cara estava num mau dia, tinha brigado com a mulher, chutado o cachorro, derramado café na camisa branca, estava com dor de estomago, lumbago, torcicolo, tinha quebrado o gps do carro, o celular não completava a ligação, tinha emprestado dinheiro pro cunhado...
Enfim, o cara não estava nos seus melhores dias e não prestou muita atenção e escreveu isso.
Deixa ele.

O certo, meu caro e quase inexistente leitor, é que para ESCREVER é preciso LER.
E deixar um dicionário ao lado, também não é ruim.

Aí,lembrei de uma história.
Não tem exatamente a ver com “ERRO” de português, mas é interessante.
E juro que é verdadeira.

O Zé Carlos, meu primo, ligou para uma pousada, em São Luiz do Paraitinga, pra reservar um quarto para o carnaval:

- Pousada Sertão das Cotias, bom dia!

- Oi, eu queria reservar um quarto para o carnaval, por favor.

- Pois não, senhor. Ainda temos vaga.
Só que o nosso último quarto vago não tem cama de casal, e sim duas de solteiro.

- Não tem problemas, pode ser esse mesmo.

- Ok, senhor.
O senhor quer que “azuna”?

- Como?

- O senhor quer que “AZUNA”?

- Menina... não estou entendendo o que você falou...
Quer que faça o que?

- Senhor, o senhor quer que AS UNA?
Quer as camas sejam UNIDAS?


Assim, caro e quase inexistente leitor, se você não for professor de português ou uma portuguesa, não implique com o português dos outros.

3 comentários:

  1. Morri de dar risadas com o seu texto.
    Primeiro pela colocação o "azuna".
    Segundo porque morria de preocupação ao levar uma peça processual para a sua correção. Como a minha vida podia ter sido menos tensa se soubesse da sua revelação antes....rsrssrs
    Eu ficava muito preocupada em escrever tudo direitinho porque achava que você era um professor Pasquale.

    Adriana Giron

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    Respostas
    1. Coitado de mim, Adriana.
      Sou quase um semi-analfabeto...
      Hehehe!!!

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