domingo, 22 de janeiro de 2012

CACHORRADA: TENTANDO DAR UMA PERSPECTIVA PRA COISA.



Quando eu era criança, tive o Mug, um pequinês lindo, marrom. Aliás, notaram que o pequinês quase não existe mais?
Depois, tive a Pureza, uma SRD (“Sem Raça Definida”, eufemismo para o bom e velho “vira-latas”) preta que sorria; o Clyde, filho da Pureza, branquinho e peludo; a Gabriela, uma filhote de boxer, que morreu envenenada depois de comer – pasmem - um sapo; o Fred e a Dany, um casal de collies lindos, que morreram de velhice.
O Winston, o buldogue inglês, ficou no apê por uns tempos, mas não deu muito certo. Foi pro sítio e, como ficou muito sozinho, acabou indo para a casa de um primo. Hoje, vive feliz no interior do Paraná.
E, no sítio, ainda tenho o Fred II, um belíssimo fila brasileiro.

Resumindo: adoro cães.
Tenho até um projeto em gestação de, se e quando eu conseguir me aposentar, montar um canil, para criar buldogues ingleses e boxers...
Juro que não quero ganhar dinheiro com isso.
Mas já pensou o que deve ser lindo uma ninhada de buldogues???

Mas, acho que cachorros são... CACHORROS.
Não acredito em cachorro usando roupinhas, sendo chamados de “filho”, dormindo na cama do dono, ganhando presentes no natal.
Cachorro, pra mim, deve ser tratado como cachorro: comer o que eu lhe der para comer, beber água, fazer cocô e obedecer minhas ordens.
Cachorro meu, não dorme na minha cama, não faz as necessidades fora do local indicado, não me morde e não me desobedece.
É, enfim, cachorro. E deve viver como tal.

Pois bem.
Hoje fui até o Masp. Gosto muito de garimpar as “antiguidades” da feirinha que tem lá todo domingo.
E, pra minha surpresa, tinha uma “passeata” por lá, atrapalhando o trânsito.
Ok, ok. Como era domingo, até que não atrapalhou muito.

Bom, os “passeantes” se reuniram para pedir punição maior para quem maltratar cães e outros bichos.
Gritavam coisa como “queremos justiça” e traziam cartazes pedindo “cadeia para quem maltrata animais”.

Nunca maltratei um cão.
Os meus, sempre foram bem tratados, receberam todo cuidado possível.
Uma vez atropelei um cão.
Mas juro que não foi de propósito.

Mas, caro e quase inexistente leitor, fazer uma “passeata” para pedir “cana” para dono malvado de bicho, parece-me um certo exagero!!!

Se colocarmos na cadeia quem maltratar um bicho, o que faremos com um homicida?!?!?
Ou com um estuprador?
Ou com um roubador?
A pena deve ser proporcional ao crime.

Enfim, precisamos olhar a coisa com isenção: não sou a favor de maltratar qualquer bicho, seja um cão, um gato, um cavalo ou outro animal qualquer.
Mas não concordo com cadeia para quem o faz.

Aliás, não sou sequer a favor de fazer uma “passeata” para pedir isso.
Acho que temos muitos problemas mais sérios que isso, que exigiriam mais atenção do povo honesto e cumpridor das leis.
Que tal fazer passeatas contra políticos corruptos?
Que tal fazer passeatas contra aqueles que maltratam crianças?
Que tal fazer passeatas pedindo clinicas para prestar tratamento rápido, gratuito e eficiente (se é que isso é possível...) para os consumidores de “crack”?

Que me desculpem os amantes radicais de cães.

Quer ser radical? Já dizia o “filósofo” EDUARDO DUSEK: “Troque seu cachorro por uma criança pobre!”.

E quando forem fazer uma passeata para, por exemplo, aumentar o tempo de cadeia para traficantes de drogas, aí podem me chamar.


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