quarta-feira, 6 de abril de 2011

PRIMEIRO ROUND.

Já tem mais de uma hora que estou ouvindo meus vizinhos brigando.
Não estou “xeretando” não.
Mas eles brigam alto.

Apesar do desenhinho gozadinho aí em cima, acho muito triste.

Estou na minha sala, com a tv ligada, vendo um filme - um drama - sem efeitos sonoros.
Não consigo distinguir as palavras dos briguentos.
Ouço apenas gritos, barulhos, portas batendo, conversa em tom alto.
Acho que dá pra escutar alguns choros de mulher também.

Apesar de não ter nada com isso, fico constrangido. 
Como se eu tivesse alguma responsabilidade pelo que está acontecendo.
E fico preocupado: será que deveria tomar alguma atitude?

A vida em apartamento é assim.
Você escuta coisas e, em nome da convivência pacifica entre vizinhos, finge que nada ouviu.
Só reclama se ocupam sua vaga no estacionamento.
Ou, talvez, se o cachorro latir muito de madrugada.
No mais, nem um bom dia...

Moro nesse prédio já tem dois anos.
Não sei o nome de um único vizinho.
Nunca pedi uma xícara de açúcar emprestada.
Nem nunca emprestei açúcar para ninguém.

Raramente levantei minha voz para brigar com alguém.
Apesar de, naturalmente, falar em um tom de voz alto, só brigo em silêncio ou, no máximo, em tom baixo.
Nem por isso, deixo de expor o que penso, com muita veemência se for preciso.

Mas acho que quem vive aos gritos, não tem razão.
E está cheio de gente que gosta de brigar aos gritos.
Atrapalhando os filmes do vizinho.

Parece que a briga acabou.
Durma-se com um silencio desses...

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