quinta-feira, 7 de abril de 2011

MUITO TRISTE.



Vendo os absurdos acontecidos hoje, no Rio de Janeiro, fiquei pensando...

Tenho um amigo de família muçulmana. Ele, na verdade, acho que não é nada, mas a família é religiosa.
Uma vez, ele me disse mais ou menos o seguinte: ninguém fala em “terrorista católico”, ou “terrorista batista”. Mas todos falam em “terrorista muçulmano”.

O que ele quis dizer (e eu concordo com ele) é que, em última análise, a imprensa presta um tremendo desserviço, criando e alimentando uma atitude preconceituosa, gerando a impressão de que todo muçulmano é terrorista.

Não é.

Essa divulgação errada e maldosa, acaba gerando duas coisas: primeiro, como dito, o óbvio preconceito contra pessoas e povos que professam a fé no Islã.
A segunda, é o incentivo para que “malucos”, pratiquem atitudes como a desse imbecil no Rio.

A carta que ele deixou, fala em coisas ligadas a religião, remetendo, de alguma forma, a religião muçulmana.
Tenho certeza absoluta que essa cara não tinha a mínima idéia do que estava falando.

Mas, certamente foi ele atingido pela maciça divulgação de atos criminosos, onde se confunde um criminoso com um muçulmano. Como se fossem a mesma coisa. E como se não existissem homicidas católicos, protestantes, judeus, umbandistas, espíritas, hare-krishnas, hindus, budistas, etc., etc., etc.

O maluco “gostou” da coisa, assimilou idéias erradas e preconceituosas e saiu matando crianças.
Morreram, talvez em nome de alguma retorcida “fé”, 9 meninas e um menino.

Está mais que na hora de algumas atitudes enérgicas:

- Controle verdadeiro e absoluto das armas de fogo dentro do país.
- Punição rigorosa para aqueles que comerciam e/ou portam, ilegalmente, armas.
- Tratamento gratuito e eficiente para doentes mentais.

E se não concordo com nenhuma forma de censura, está mais que na hora dos chamados “órgãos de imprensa”, tomar um maior cuidado na forma com que divulgam certas notícias.
Estudar um pouco a origem das religiões, seus preceitos, seus dogmas e objetivos, não faz mal a ninguém, muito menos aos repórteres e responsáveis pela divulgação de notícias.
E apurar o verdadeiro motivo de, por exemplo, um chamado “ataque terrorista”, é obrigação.

De minha parte, cada vez mais acho todos deveriam se afastar das religiões, já que, se Deus existe, deve estar de saco cheio das matanças feitas em seu nome, ao longo de toda história da humanidade.
Matanças sempre promovidas por esta ou aquela religião.

Se Deus existe, ele não está em um altar, em uma roupa, em uma construção ou em um livro.

E nem ninguém sabe suas intenções ou fala em nome Dele.

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