Um dos grandes livros da minha vida
(minha idéia original era falar “um dos grandes livros da minha infância...”,
mas como estou falando dele ainda hoje, acho que ele foi importante a vida
toda, não?) foi “História das Invenções”, de MONTEIRO LOBATO.
Nesse livro, a D. Benta “traduz” para
a turma do Sítio do Picapau Amarelo, o livro do mesmo nome, escrito por HENDRIK VAN LOON, um americano.
(para se ter uma ideia de como acho esse livro importante, garimpei e achei uma primeira edição do livro do Monteiro Lobato e uma edição, em português, do livro original)
(para se ter uma ideia de como acho esse livro importante, garimpei e achei uma primeira edição do livro do Monteiro Lobato e uma edição, em português, do livro original)
E conta, obviamente, a historia das
invenções, mostrando como um peludo homem-macaco, graças as invenções, chegou
até onde chegamos.
Parte mais do menos do principio
que, só somos hoje o que somos, porque um dia, um macaco-homem aprendeu a usar
um pedaço de pau como porrete...
Enfim, sei que, por ser curioso,
adoro invenções e inovações em geral.
E é um “preceito” zen-budista, que “o
tolo se admira com invenções, enquanto o sábio se admira com as coisas simples”.
Ou algo parecido com isso.
Ou seja, enquanto o tolo acha o máximo
um carro, que precisa de gasolina, óleo, manutenção constante, estradas, para poder
levar alguém de um lado para outro, o sábio se admira com o PÉ, que leva o
sujeito de um lado para outro, por qualquer terreno, durante a vida toda, quase
sem manutenção.
Pois é.
Confesso que acho carros o máximo.
Mas, às vezes, penso que o PÉ também
merece um pouco da minha atenção.
Tudo isso, somente para dizer que
admiro invenções simples.
Estas são as mais difíceis de surgir.
Se um carro nada mais é que a soma
de diversas invenções, que surgiu naturalmente quando tais
invenções estavam “maduras”, as invenções simples surgem “do nada”.
Aparecem com a necessidade do homem
de fazer alguma coisa.
Exemplo: o limpador de pára-brisa é
essencial, e deve ter surgido junto com o para-brisa.
Mas fera foi o cara que inventou o TEMPORIZADOR para o limpador de pára-brisa (essa historia virou até filme...).
Mas fera foi o cara que inventou o TEMPORIZADOR para o limpador de pára-brisa (essa historia virou até filme...).
Se o carro é o máximo, fera foi o
cara que inventou o “piloto automático”, aquele botãozinho que faz o carro
andar sempre na mesma velocidade.
Mas legal mesmo foi uma
invençãozinha que descobri e comprei outro dia.
Veja só.
Conta a lenda, que um sujeito rico,
JOHN MONTAGU, para não abandonar a mesa de jogos (o cara era viciado...),
mandou que seus empregados colocassem um pedaço de carne assada (ou coisa
parecida), entre dois pedaços de pão, para que ele pudesse comer sem sujar as
mãos e as cartas.
Como esse cara era o quarto “Conde
de Sandwich”, o acepipe por ele inventado, ganhou o nome de SANDUÍCHE.
Com o passar do tempo, criou-se o
habito de colocar coisas para acrescentar sabores ao nosso sanduba, tais como,
queijos, picles, alface, tomate...
E os CHINESES inventaram o CATCHUP (a receita atual é uma variação, criada por ingleses e americanos...), um tipo de molho de tomate meio adocicado, que combina bem pra caramba com hambúrguer.
O tal do catchup vinha em garrafas.
Ao se colocar o molho no sanduba, a
garrafa encostava no sanduba de um, depois no sanduba de outro...
Daí, algum “politicamente correto”
achou que isso era meio anti-higiênico, e inventou de colocar o catchup em “envelopinhos
plásticos”, que seriam uma “porção individual” do tempero.
Obviamente, como se sabe, um envelopinho de catchup
é INSUFICIENTE para um sanduba de tamanho médio.
Somos, pois, obrigados a abrir
VÁRIOS envelopinhos, durante a refeição, para podermos lambuzar adequadamente o
nosso sanduba.
E é aí que a coisa pega.
O tal envelopinho é, no mais das
vezes, INABRÍVEL (existe isso?)!!!
É quase impossível abrir aquilo sem
uma tesoura especialmente se você estiver com uma das mãos ocupadas, justamente
segurando o hambúrguer.
E quem carrega uma tesoura quando
vai comer um hambúrguer?
Discutindo isso com o filhote, que
reclamava dos envelopinhos, perguntou ele porque não se inventava um "abridor de
envelopinhos" (afetadamente chamados de “sachê”).
Procurei na internet.
E com a ajuda de “São Google”, cheguei
até a empresa KHORT (http://www.khort.com.br/)
que produz, acreditem ou não, vários modelos de “abridor de saches”!!!
E acreditem: alem de modelos para
sem fixados na mesa de lanchonetes, existe um modelo pessoal, descartável, para
ser colocado em bolsas femininas ou nos bolsos masculinos, que você leva para a
sua lanchonete preferida, e que permite você abrir o tal do envelopinho de
catchup COM UMA ÚNICA MÃO!!!
Não é simplesmente o máximo?
Entrei no Mercado Livre e comprei alguns
para mim.
Vou deixar um em cada carro, um com
a Ma, um na bolsa da Su, um com o filhote e NUNCA MAIS PASSAREI O PERRENGUE DE
NÃO COLOCAR CATCHUP NO SANDUBA POR NÃO CONSEGUIR ABRIR O SACHÊ!!!
Meus parabéns ao inventor.
Fiquei lisonjeado com as palavras.
ResponderExcluirMuito obrigado,
Leopoldo Almeida
(inventor do Khort :)
Grande Leopoldo
ResponderExcluirSem "puxar o saco": sua invenção é OTIMA!!!
Simples e absolutamente ÚTIL!!!
Parabéns de coração!!!