De volta.
Acho que você, meu caro e quase
inexistente leitor, não vai discordar de mim, quando eu digo que viajar é uma
aventura!
Viajar é ótimo. Ponto.
Mas é sempre uma aventura.
Mesmo uma viagenzinha até o sítio,
pode virar uma aventura. Basta, por exemplo, que fure um pneu...
Mas, viajar para o exterior, para
um país com língua diferente da sua... Aí sim temos uma aventura de verdade!!!
Mesmo que seja um local “civilizado”, com língua quase parecida
com a nossa, como é o caso do Panamá.
Comecemos pelo começo.
Fomos de COPA AIRLINES.
Só elogios!!!
O pessoal da TAM tem muito que
aprender com eles.
O voo, de umas 6 horas, teve DUAS
REFEIÇÕES, tanto na ida como na volta.
Tudo bem que o café da manha da volta,
foi composto de HAMBURGUER.
(Imagine você, lá pelas 5 da
manhã, sonado, meio enjoado como acontece em toda viagem longa de avião,
comendo um x-burgão...)
Serviço ok.
Só os filminhos foram um pouco
chatinhos.
Mas não dá pra exigir demais.
(No Panamá, compre um chapéu Panamá.
Que é feito no Equador...)
No Panamá, o HARD ROCK HOTEL
MAGAPOLIS é ótimo.
Os quartos são imensos.
A cama é absolutamente imensa e
confortável.
WI FI em todo lugar, “de grátis”.
Vista bonita, daquele edifício retorcido
esquisito.
O staff é correto, alegre e
atencioso.
Eles só não conseguiam entender
quando eu falava o número do quarto. Solução? Anotei no celular e
mostrava o número para eles.
Foi muito bom.
(O hotel é cheio de coisas, roupas, instrumentos e até carros,
que teriam pertencido a astros da música.)
Não tem, o hotel, um HARD ROCK
CAFÉ. Frustrante.
Nos restaurantes do hotel, comida
padrão “internacional esquisita”.
Imagine um café da manhã com linguiças
fritas com molho barbecue. Ou arroz com frango. Ou uns bolinhos, de milho,
totalmente sem gosto de nada.
Mas tinha um café razoável (fortinho,
não era padrão gringo), sucos, pães e manteiga.
Algumas notas sobre o Panamá: não
acredite no papo de que “os preços são ótimos”.
Até achamos algumas “ofertas” boas.
Mas, no geral, preços de Brasil.
O que consegui, por exemplo,
foram camisas que, acredite ou não, meu caro e quase inexistente leitor, SERVIRAM
PARA MIM!!!
Preços de Brasil. Mas serviram. Já
tá bom.
Mas ir para lá, exclusivamente pra
fazer compras, não compensa.
A Su até trouxe um porta-velas e
um porta-esponja-de-lavar-pratos, que ela disse que vai virar um porta-guardanapos.
Quem viver, verá.
Mas o país é bonito.
Segundo um taxista, a população do
país é de quatro milhões, sendo que a cidade do Panamá teria um milhão e
seiscentos mil habitantes.
Tem umas paisagens de “Miami”.
O canal é bacana (embora só
tenhamos visitado a eclusa de Miraflores, do lado do oceano Pacífico).
(o "Casco Viejo" parece estar passando por uma revitalização.
Assim, temos prédios bonitos, reformados,
ao lado de verdadeiros "cortiços".)
Uma região com construções
antigas, da época da colonização espanhola, o “Casco Viejo” é bem legal.
Mas, divertido lá é o TRÂNSITO.
Meu caro e quase inexistente cinesiforo
leitor: NEM PENSE EM ALUGAR UM CARRO LÁ!!!
Os motoristas são absolutamente
malucos!!!
Não existe preferencial.
O cara está na pista da direita
e, repentinamente, fecha todo mundo para entrar a esquerda.
Semáforo fecha, mas eles acham
que ainda tem uns 30 segundos para passar. E passam com o farol vermelho mesmo.
Ao invés de freio, eles usam a
buzina.
A via tem duas pistas. A que você
está, está parada? Tudo bem, ENTRE PELA CONTRAMÃO!!!
Tivemos que cruzar, a pé, uma
via.
Quatro pistas em cada sentido.
Ficamos olhando, ver como os
panamenhos faziam, já que não tinha semáforo e/ou faixa de pedestres por perto.
Pois bem, eles simplesmente
entravam no meio da via.
E os motoristas paravam!!!
Fizemos o mesmo. Não sei como
sobrevivemos...
Ainda tenho pesadelos com aquela
travessia.
Mas o sensacional foi o seguinte.
Fomos até um super shopping center,
absolutamente imenso, que ficava um pouco mais longe.
Fomos de taxi.
Na volta, obviamente, pegamos
outro taxi.
Começou que o motorista, um
velhinho, não falava.
Por gestos (imagine o cara
fazendo gestos em espanhol...) conseguiu dizer que não falava em razão do
cigarro. Deve ter operado a garganta ou coisa assim, já que passava a mão pelo
pescoço, em um gesto de “decapitação”...
Bom, vamos que vamos.
Entramos no taxi.
Para o motorista, não havia
preferencial, semáforo fechado, calçada, acostamento... Tudo era pista. DELE.
Ele entrou, suicidamente, em uma
via de pista dupla, com um monte de pistas de cada lado, virando a esquerda,
cortando todo mundo.
Eu só me encolhia e suava.
O cara que vinha atrás,
obviamente, meteu a mão na buzina.
O nosso velhinho, mudo, então,
PAROU O TAXI E FICOU “DISCUTINDO” COM
O OUTRO MOTORISTA!!!
Imagine você parar na 23 de Maio,
para trocar insultos com outro motorista, no trânsito das 18:30!!! Foi mais ou
menos isso que aconteceu.
E ele nem falava!!!
“Gritava” mudos impropérios em espanhol!!!
E eu, ao lado dele, no banco do
passageiro, morrendo de medo de levar uma taboca panamenha no meio da ideia!!!
Enfim, uma aventura.
Como deve ser toda boa viagem!!!
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