Fim de ano.
Natal.
A TV só tem propaganda de loja, de presente.
Consumismo puro.
E começa aquela coisa de “amigo secreto”.
Confesso que acho ótimo: melhor
comprar UM presente, que comprar um monte de “presentinhos” pra um monte de gente.
(Tá... atualmente nem mesmo compro
o UM PRESENTE... sobra pra Su...)
Não faço ideia de como começou
essa coisa de “amigo secreto”. Mas o
inventor disso já deveria ter ganhado um “Premio
Nobel” ou algo do estilo.
A ideia é verdadeiramente genial!!!
O “amigo secreto” familiar, rola no dia 25 de dezembro, já faz muuuuuuito tempo, normalmente lá
no sitio.
E é uma coisa a parte...
Com direito a "sandubinhas" depois.
Já tivemos ocasiões em que houve
mudança de local, mas, nos últimos anos, sempre lá no sítio.
Antes era em Taubaté.
E é muito divertido.
Quem não conhece a família,
precisa saber que todo mundo é meio “maluquinho”.
Todo mundo é metido a ter uma “veia artística”.
Assim, no AS (não vou
ficar escrevendo “amigo secreto”...
vai AS mesmo...) familiar sempre tem musiquinha ou paródia, um texto, um discurso, uma
poesia, uma performance teatral... enfim, a coisa extrapola a simples entrega
do presente.
Todo mundo procura fazer algo
diferente pra entregar o seu presente.
Sempre tem um momento de choro, de lembrar gente que não está mais com a gente, momento de ficar emocionado com a homenagem recebida, com a musiquinha cantada, com a poesia declamada, com o teatrinho feito.
Tem a gozação com os times adversários:
Mas tudo, "na paz".
E tudo acaba com muito alegria:
Antigamente, fazíamos a “invisoteca”: pagávamos uma graninha e tínhamos
o direito de preencher uma “aposta”,
indicando quem presentearia quem.
No fim, quem tivesse acertado
mais, levava a grana.
Isso garantia uma certa “honestidade” ao AS: ninguém contava quem
tinha tirado, para não “beneficiar”
outro!
Um dia, nem sei bem porque,
resolveram acabar com a “invisoteca”.
A partir daí, todo ano,
comemoramos o FIM DA INVISOTECA!!!
Teve também o “Troféu Anta”.
A ideia era premiar as maiores “antices” do ano.
Não pegou.
Mas a “festa” de lançamento do “Troféu”
foi sensacional!!!
Pena que não foi filmada...
Mas essa coisa de AS se
disseminou.
As empresas, escolas e outros
estabelecimentos, fazem, nas suas festinhas de fim de ano, o seu AS.
Às vezes, temático: AS de
chocolate, de CD, de flores, de livro...
E outro dia ouvi um que me pareceu,
no mínimo, “diferentão”: AS de
havaianas...
Não vou dizer o penso a respeito.
Só sei que acho divertido essa coisa de AS.
Mas nem tudo são flores ou
presentes, nestes tempos de “politicamente
correto” ou de religiosidade exacerbada.
Ouvi a seguinte história: a
professora resolveu fazer um AS entre os aluninhos, crianças pequenas.
A ideia era fazer com que as
crianças trocassem mensagens (incentivando a leitura e a escrita) e fizessem,
em sala de aula, o seu próprio presente, um desenho, uma pintura ou algo assim.
Uma coisa, obviamente, totalmente
inocente e alegre.
Pois bem.
Uma mãe, indignada,
neo-pentecostal, procurou a escola.
Seu filho não participaria do AS.
Isso porque, ela entendia que
isso era “amigo oculto” e “oculto” era coisa do demônio...
Pode?
Eta paiseco sem noção...
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