Fiquei pensando se devia ou não escrever sobre as “manifestações” em São Paulo.
Minha primeira idéia era não escrever nada, para não “dar força” aos tais “manifestantes”, já que entendo que esse “movimento” não tem nada de
espontâneo e/ou popular e nem que esses “manifestantes”
sejam, efetivamente, MANIFESTANTES.
Mas fico com a coisa meio presa na garganta.
Melhor falar.
- Tem uma história, que li já não sei onde, que sempre me
impressionou.
As vésperas da Segunda Guerra Mundial, um jovem, filho de um
professor universitário alemão, foi a uma das manifestações promovidas pelo
Partido Nazista.
Quando voltou, todo animado, contou ao pai das bandeiras,
dos desfiles, das tochas de fogo, das luzes, dos homens marchando, dos
discursos.
Nesse momento, o professor, que era antinazista, perguntou
ao filho sobre o TEOR dos discursos. Quis saber o que havia sido falado.
E o jovem, não soube descrever o que cada um havia
dito...
Penso que, para participar de uma manifestação, é preciso se
ACREDITAR na idéia que está sendo defendida.
A para se acreditar nessa idéia, obviamente, é preciso
ENTENDÊ-LA.
Tá na FOLHA de hoje: ao se perguntar a um dos “manifestantes” porque ele havia quebrado
a porta de vidro de um banco (o que BANCO tem a ver com TARIFA
DE ÔNIBUS?!?!?!), ele esclareceu:
“Não é só simbólico, é
a desnaturalização da propriedade absolutória”.
Entendeu?
Nem eu.
E nem ele...
- Espero que o fotógrafo que foi atingido no olho, consiga
recuperar a visão, apesar dos prognósticos negativos.
Desejo melhoras, também, para a repórter da Folha de São
Paulo, também atingida, ao que parece, por uma bala de borracha.
ISSO tem que ser apurado.
Punindo-se quem mereça ser punido.
- Também tem que ser apurado porque teve gente que foi presa
por estar de posse de VINAGRE...
Até onde sei, isso AINDA não tá proibido.
- Não da pra aceitar, também, sem maiores explicações, que
PM´s entrem em um boteco, mandem todo mundo embora e distribuam tabefes e
cacetetadas em quem estava lá dentro.
Tem que explicar o porque de assim agirem.
- Por outro lado, louve-se o sangue frio daquele policial
que, depois de ter sido agredido, sangrando, sendo ameaçado por uma turba, sacou
de sua arma e NÃO ATIROU,
limitando-se a intimidar quem iria agredi-lo.
Mas, se atirasse, estaria agindo em legitima defesa.
Um “manifestante”
disse: “O PM foi violento, foi pra cima
do garoto e jogou ele no chão”.
Explicando.
O “garoto manifestante”, estava pichando
o prédio do Tribunal de Justiça. O PM, que estava lá para evitar esse tipo de
coisa, impediu o moleque, que reagiu. Ambos entraram e luta, caíram ao solo e o
PM, sozinho naquele momento, teria sido agredido por outros “manifestantes”.
Certamente, deveria o PM, pela ótica dos “manifestantes”, ter se dirigido ao “manifestante pichador” mais ou menos
assim:
“ - Caro cidadão. Por
gentileza, poderia o senhor se abster de pichar a parede do Tribunal de
Justiça? A sociedade agradece!”.
Então, tá.
- Nesse mesmo dia, antes das “manifestações”, foi detido um bandão de “manifestantes”, de posse de “bombas
caseiras” e “coquetéis molotov”.
Isso é coisa de manifestante sério?
Ou é coisa de baderneiro?
Depois, esse povo tentou romper o bloqueio feito pela polícia,
na R. da Consolação.
E os PM´s, sabedores de tudo isso, deveriam,
novamente, ter, educadamente, solicitado, em tom de voz moderado, que os
“manifestantes bombásticos” (como
diria o eterno Odorico Paraguaçu), voltassem, educadamente também, para suas
casas.
Sei.
- Sejamos sinceros: alguém conhece algum lugar no mundo, em
que o transporte público seja gratuito?
Será isso uma idéia realista e viável aqui pra São Paulo?
- Sejamos sinceros de novo: alguém acredita que tais “manifestações” são espontâneas, sinceras
e pretendem tão somente a implantação da tal da “tarifa zero”?
Ou tem “coisa” por
trás disso?
- Tá na FOLHA de hoje, também: o “Serviço Reservado” da PM apurou que o PSOL estaria “arrebanhando” punks, skinheads ou sei lá
o que, para as “manifestações”, para
que esses grupos promovessem depredações.
Eles, obviamente, negam.
- E, esses “jovens
manifestantes”, fazem o “esquenta”,
tomando cachaça.
Após as depredações por eles perpetradas, “comemoram” com mais cachaça.
Então, tá.
Sei lá.
E temos que aplaudir tudo isso, em nome da democracia.
Mesmo que não possamos ir e vir, mesmo que estejamos
correndo o risco de termos as portas dos bancos, das estações de metro, de
lojas e sei lá mais o que, arrebentadas.
E a polícia deve, pacificamente, garantir o direito de cada
um dos “manifestantes”, de promover o
quebra-quebra.
Então, tá.
E, PREPAREM-SE:
AO QUE PARECE,
AMANHÃ TEM MAIS.
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