O tal do “cinema
nacional” é engraçado...
Não sou muito fã de cinema nacional, mesmo achando que, às
vezes, eles conseguem fazer coisas interessantes.
Mas o tal do cinema nacional é “cíclico”.
Ou melhor: é um cinema “de
moda”.
Antigamente, no tempo do filme preto & branco, no tempo
da “ditadura branda” de Vargas, tínhamos
as chanchadas, de Oscarito, Grande Othelo e Cia. Ltda.
Logo depois, a moda era mostrar a miséria nordestina,
misturada com “lendas” brasileiras.
Depois, com a Ditadura nada branda, o cinema nacional, meio
que por falta de opção, passou a fazer pornochanchadas.
Logo a seguir, nada. Ficamos um tempão sem cinema nacional.
Rápida volta as misérias (“Bye, Bye Brasil” e, mais pra frente, “Central do Brasil”).
Agora, parece que a moda são as comédiazinhas românticas e
as biografias.
Dessas últimas, tem de ex-presidentio, de jogador de
futebol, de magnata do tempo do Império (alguém sabe se “Mauá” acabou? Estava cheio de problemas. Conseguiram terminar?), tem
de cantorzinhos sertanejos, tem de briga de pai sanfoneiro com filho adotado
cantor...
E tem a biografia (ao menos parte dela) do Renato Russo.
Está nas telas o “Somos
tão jovens”.
Não gosto de biografias.
Nem cinematográficas, nem literárias.
Apesar de já ter lido algumas ótimas.
Mas sabe que esse filminho me surpreendeu.
O moleque que faz o Renato está muito bem.
Coincidentemente (ou não... “não existem coincidências, gafanhoto!”) eu já tinha visto, outro
dia, na tv paga, um documentário sobre a “molecada
de Brasília”, que deu origem a bandas como o “Capital Inicial”, “Paralamas
do Sucesso”, “Plebe Rude” e,
obviamente, “Legião Urbana”.
E o filminho, que trata desse “início”, mostra bem essa coisa da molecada de Brasília, no centro
do poder revolucionário, filhos de militares, diplomatas e funças, tentado
fazer música. E música “de protesto”.
Pode ir assistir, caro e quase inexistente leitor, que acho
que você vai gostar.
E só pra completar.
Um leitor escreveu na Folha de São Paulo de hoje, algo como:
“Naquela época surgiram bandas como “Legião
Urbana”.
Hoje, com a ‘cultura’
proporcionada por quem está aí, a molecada se baba pelo Luan Santana e Restart”
Pois é.
Vocês já sabem o que penso a respeito disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente. Mas lembre-se: blog é meu! Se for escrever bobagens e/ou baixarias, SERÁ CENSURADO. Sem dó nem piedade.
ATENÇÃO: SE NÃO ESTIVER CONSEGUINDO POSTAR SEU COMENTÁRIO, EXPERIMENTE, NA CAIXA "COMENTAR COMO", LOGO ABAIXO, MARCAR "ANÔNIMO". MAS NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO.