domingo, 12 de maio de 2013

JÁ FOMOS TÃO JOVENS...





O tal do “cinema nacional” é engraçado...
Não sou muito fã de cinema nacional, mesmo achando que, às vezes, eles conseguem fazer coisas interessantes.

Mas o tal do cinema nacional é “cíclico”.
Ou melhor: é um cinema “de moda”.

Antigamente, no tempo do filme preto & branco, no tempo da “ditadura branda” de Vargas, tínhamos as chanchadas, de Oscarito, Grande Othelo e Cia. Ltda.
Logo depois, a moda era mostrar a miséria nordestina, misturada com “lendas” brasileiras.
Depois, com a Ditadura nada branda, o cinema nacional, meio que por falta de opção, passou a fazer pornochanchadas.
Logo a seguir, nada. Ficamos um tempão sem cinema nacional.
Rápida volta as misérias (“Bye, Bye Brasil” e, mais pra frente, “Central do Brasil”).
Agora, parece que a moda são as comédiazinhas românticas e as biografias.
Dessas últimas, tem de ex-presidentio, de jogador de futebol, de magnata do tempo do Império (alguém sabe se “Mauá” acabou? Estava cheio de problemas. Conseguiram terminar?), tem de cantorzinhos sertanejos, tem de briga de pai sanfoneiro com filho adotado cantor...

E tem a biografia (ao menos parte dela) do Renato Russo.

Está nas telas o “Somos tão jovens”.
Não gosto de biografias.
Nem cinematográficas, nem literárias.
Apesar de já ter lido algumas ótimas.

Mas sabe que esse filminho me surpreendeu.
O moleque que faz o Renato está muito bem.
Coincidentemente (ou não... “não existem coincidências, gafanhoto!”) eu já tinha visto, outro dia, na tv paga, um documentário sobre a “molecada de Brasília”, que deu origem a bandas como o “Capital Inicial”, “Paralamas do Sucesso”, “Plebe Rude” e, obviamente, “Legião Urbana”.
E o filminho, que trata desse “início”, mostra bem essa coisa da molecada de Brasília, no centro do poder revolucionário, filhos de militares, diplomatas e funças, tentado fazer música. E música “de protesto”.

Pode ir assistir, caro e quase inexistente leitor, que acho que você vai gostar.

E só pra completar.
Um leitor escreveu na Folha de São Paulo de hoje, algo como: “Naquela época surgiram bandas como “Legião Urbana”.
Hoje, com a ‘cultura’ proporcionada por quem está aí, a molecada se baba pelo Luan Santana e Restart

Pois é.

Vocês já sabem o que penso a respeito disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente. Mas lembre-se: blog é meu! Se for escrever bobagens e/ou baixarias, SERÁ CENSURADO. Sem dó nem piedade.
ATENÇÃO: SE NÃO ESTIVER CONSEGUINDO POSTAR SEU COMENTÁRIO, EXPERIMENTE, NA CAIXA "COMENTAR COMO", LOGO ABAIXO, MARCAR "ANÔNIMO". MAS NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO.