Não sei se você sabe, caro e quase inexistente leitor, que nos descendemos dos macacos.
Ok. “Macaco” é meio forte...
Ao que parece, laaaá atrás, humanos e macacos tiveram um ancestral comum, que deu origem a espécie humana e aos macaquinhos.
Enfim, o certo é que, queiramos ou não, temos a nossa parcela “animal” até hoje.
Tem gente que acha, por exemplo, que as diferenças entre os machos e as fêmeas da espécie humana derivariam do fato de, os homens serem “caçadores” e as fêmeas “coletoras”.
Isto é, enquanto o homem tem seu foco no que acontece lá na frente, “mirando” algum alvo, deixando de ver o que acontece a sua volta, a mulher olha ao redor, sempre procurando algo para “colher”, não se fixando em um único alvo, mas em diversas coisas que a cercam...
Você acredita nisso?
O tal do “homem” progrediu, e deixou de caçar e colher, passando a plantar e criar animais.
A coisa melhorou, já que a humanidade pode começar a se fixar em um único lugar, e não ficar mudando cada vez que a caça escasseava ou que a colheita de produtos na natureza estava ruim.
Mesmo assim, a coisa ainda não era lá uma maravilha.
Conta-se que, na idade média, raramente alguém passava dos 60 anos de idade.
O sujeito se casava aos 18, com uma mulher de 14, atingia seu ápice aos 20, começa a decair aos 25 e depois, era só ladeira abaixo.
A história ensina, ainda, que raramente fazia-se mais que duas refeições por dia.
E, no geral, na velha Europa, o que se comia era uma “sopa”, que ficava sempre em um caldeirão sobre o fogo, e era constantemente “completada”, colocando-se água e alguns poucos ingredientes que se tivesse à mão, como cereais e outros vegetais.
Carne? Só para os muito ricos.
E mais.
Na época das cruzadas, não era incomum que homens, mulheres, crianças e velhos andassem 30 km por dia!
Independentemente das cruzadas, tudo era feito a pé.
Um homem podia nascer e morrer, sem ter conhecido nada mais longe que um dia de caminhada.
A vida da humanidade só começou realmente a melhorar, quando o bicho-homem fez a tal “Revolução Industrial”, quando, com ajuda de máquinas, passou a ter a possibilidade de ter melhores plantações e maiores criações. O preço da comida baixou!!!
A comida ficou mais abundante e variada.
E a humanidade passou a poder pensar em outras coisas, que não somente na próxima refeição.
Adivinha?
No geral, TODO MUNDO PASSOU A COMER MELHOR!!!
E a inventar coisas novas.
Antes que algum chato brigue comigo, não estou dizendo que, hoje, não existe mais fome no mundo.
Mas, NO GERAL, NA MÉDIA, ressalvadas as exceções, todo mundo vive mais, vive melhor, tem mais acesso a atendimento medico, diversão, trabalho melhor, etc., etc., etc.
Li e algum lugar, que vivemos um momento histórico único: tem pouco mais de 100 anos que a humanidade deixou de andar a pé!
Ninguém sabe, ainda, as conseqüências disso!!!
Olha que coisa maluca: com a invenção do automóvel (e de outros meios de transporte) o homem deixou de andar a pé, passou a se deslocar para distâncias bem maiores, de maneira mais simples.
Assim, podemos, hoje, morar em uma cidade, trabalhar em outra, passar os fins de semana em outra e, nas férias, viajar, em poucas horas, para outro país.
Tudo isso, bem vestidos, bem aquecidos, bem alimentados e, obviamente, sem gastar energia corporal.
Aí, meu caro e quase inexistente leitor, voltamos às raízes: nossos instintos animais ainda nos levam a comer bastante, muito mesmo, a fim de armazenar energia para quando formos perseguidos por um tigre-dentes-de-sabre.
Só que NINGUÉM contou para os nossos instintos, que NÃO PRECISAMOS MAIS FUGIR DOS DENTES-DE-SABRE!!!
Resultado: comemos para fugir, mas não fugimos.
Comemos para acumular energia, de que não vamos precisar.
Obviamente, ENGORDAMOS.
A humanidade nunca foi tão gorda!!!
E entre os humanos, estou eu...
Gordo.
Sem andar a pé.
Sem fazer qualquer exercício.
E isso traz problemas de saúde.
Claro.
Assim, toca a fazer regime...
Se eu fosse cavernícola (legal isso, né? “cavernícola”..., melhor que “troglodita”...), comeria pouco, mal, fugiria de tigres, mas não seria “obeso” (odeio eufemismos politicamente corretos...).
Resumindo: tô de regime.
E de mau humor.
Não fale comigo.
To mordendo.
De fome...
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