terça-feira, 8 de novembro de 2011

EU, A USP, NÓIAS E JOAN BAEZ



Estudei na USP, na gloriosa FACULDADE DE DIREITO DO LARGO DE SÃO FRANCISCO.
Esta faculdade, como se sabe, não fica no campus da USP, mas no centro de Sampa.

Para você ver como sou velho, caro e quase inexistente leitor, ainda peguei o finzinho da ditadura militar...
Lembro que JOAN BAEZ, cantora “de protesto” norte-americana, foi proibida de fazer um show no Brasil. Mas cantou nas Arcadas...
Como eu não falava inglês (ainda não falo), não entendi patavina no que ela estava cantando, mas me achei o maior “terrorista”, ouvindo músicas proibidas!!! Emocionante!!
Aquilo lá era uma área livre, onde se podia, mesmo em tempos de ditadura, falar (baixinho é verdade) o que se quisesse.

Na época, falava-se muito do consumo da “mardita” no restaurante da faculdade, que ficava em um porão.
E realmente sempre teve uma “fumacinha” estranha saindo de lá.
Eu, jantava no “Bar da Sogra” (existe até hoje) e não frequentava o restaurante.
Além do que, queria prestar concurso e tinha um P... MEDO de ser preso e perder minha chance.
Pra você ter uma idéia, dei uma única “pendura” em todos os 5 anos de faculdade...

Mas vejo hoje os “coleguinha” uspianos, que não querem a PM no campus.
Pra poder fumar sua maconhinha sossegados.
E não consigo ver lógica nisso.

Primeiro, porque imagino que os “fumetinhas” sejam a minoria.
A maioria dos estudantes são “caretas” e vão estudar.
Não curtir um fumacê!!!

Depois, porque a PM está lá para reprimir a prática de crimes como furtos, roubos, estupros, tráfico e consumo de entorpecentes.
Duvido que algum PM esteja lá para prender alguém por algum “crime de pensamento”.
Falar, pensar, discutir ainda são ações lícitas na USP.
E acho que em toda e qualquer universidade e faculdade deste país.

Diferentemente da ideologia vigente, entendo que o consumo de entorpecentes deva ser punido.
Não aceito a versão simplista de que o “viciado é um doente”.
Em especial essa meninada da USP...

E sei, com certeza, que o TRÁFICO DE ENTORPECENTES só existe porque sempre tem alguém que COMPRA.
Sem comprador, não temos vendedor.

E o tráfico, como é intuitivo, vem acompanhado de furtos, roubos, homicídios, estupros, etc, etc, etc...

Caro “nóinha da usp”: VÁ SE CATAR!!!
Quem paga imposto para que você estude, não quer saber de danos ao patrimônio público.

E não quer ver a maior universidade do Brasil sendo vítima e refém de traficantes.

Ei, não seria legal se a USP, agora, divulgasse as NOTAS desses "nóias"?
Será que algum deles vai passar de ano?

8 comentários:

  1. Durante toda a agradável leitura de seu texto, em nenhum parágrafo, nem mesmo em linha alguma, pude achar algo de que eu discordasse. Perfeito, Maurao.
    Marco Aurelio

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  2. "POR MARCELO RUBENS PAIVA''
    ''posse de maconha não é crime''

    Num estado autoritário, o grupo que toma o poder considera seus opositores inimigos.
    A matemática é simples: utiliza todos os meios de repressão para manter a ordem interna. A polícia passa a agir não a favor do cidadão, mas contra.
    Durante a ditadura brasileira, a ausência da PM nos campi universitários foi a munição que precisávamos para acabar com ela. Neles, iniciamos os movimentos pela Anistia e Liberdades Democráticas.
    As primeiras passeatas e manifestações saíram dos campi. A sociedade civil, inclusive a Igreja, rompeu com o regime depois do movimento estudantil reorganizado.
    Num estado democrático, deveríamos dar boas-vindas à presença da PM na USP, para combater a epidêmica violência urbana e dar segurança aos alunos.
    No entanto, herança de tempos atrás, as rondas passaram a dar batidas em estudantes a procura de entorpecentes. E flagrou três deles com maconha. A prisão causou protestos, quebra-quebra e a ocupação de prédios da administração.
    Não é de hoje que a polícia passa muito tempo revistando a juventude em busca de uma ponta de maconha, para um achaque. A prática existe desde que sou jovem.
    Nas ruas e estradas.
    Nos postos policiais rodoviários, em que dão uma geral em nossos carros, enquanto passam carros e cargas roubadas, armas e contrabando.
    Quem já não foi parado nos postos de Paraty e Penedo e não levou uma geral?
    No Rio, basta ver uma placa de São Paulo que a PM faz uma revista dura. E se acha algo, extorsão na certa. A sociedade brasileira quer que parte da força policial continue “perdendo tempo” com usuários comuns?
    Os três estudantes da USP foram levados para a delegacia e liberados horas depois.
    Alguns defenderam a ação da polícia.
    Afinal, fumar maconha é crime, e uspianos não deveriam se sentir acima da lei.
    Errado.
    A Lei 11.343/06, que entrou em vigor em 2006, revogou a n° 6.368/76 e instituiu novas normas reguladoras quanto à posse de tóxicos (artigo 28).
    O crime de porte de substância entorpecente para uso próprio não impõe mais pena de detenção ou reclusão. As sanções previstas são de cunho sócio educativo, como prestação de serviços e admoestação verbal.
    Se o artigo 28 não prevê pena de detenção ou reclusão, está descriminalizada a conduta do porte de entorpecentes para uso próprio.
    O jurista Luiz Flávio Gomes escreveu: “Se legalmente, no Brasil, crime é a infração penal punida com reclusão ou detenção, não há dúvida que a posse de droga para consumo pessoal com a nova lei deixou de ser crime, porque as sanções impostas para essa conduta, advertência, prestação de serviços à comunidade e comparecimento a programas educativos, não conduzem a nenhum tipo de prisão. Aliás, justamente por isso, tampouco essa conduta passou a ser contravenção penal, que se caracteriza pela imposição de prisão simples ou multa.”
    “Em outras palavras: a nova lei de tóxicos, no art. 28, descriminalizou a conduta da posse de droga para consumo pessoal. Retirou-lhe a etiqueta de infração penal, porque de modo algum permite a pena de prisão. E sem pena de prisão não se pode admitir a existência de infração penal no nosso país”, completou.
    Sua tese está disponível no site www.jusnavegandi.com.br.

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  3. Quem trabalha na area criminal, conhece a postura laxista do Luis Flavio Gomes... Desnecessarios comentarios.

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  4. Tá vendo? Isso que dá falar sobre o que não sabe... Voce e o Marcelo deveriam ter pesquisado um pouco. Os tribunais continuam decidindo que a posse de entorpecentes, para uso próprio, CONTINUA sendo crime. Não houve "descriminalização"...
    E, como eu disse, se tem quem consuma, tem quem venda.
    O laxismo penal do Luis F. Gomes é alvo de chacota de todo o mundo jurídico. Não tem seguidores (a não ser outros laxistas) e não tem credibilidade.

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  5. Em direito, pescaria, jogos antigos, em várias coisas, só tenho a aprender contigo, mas concordo com o texto do Marcelo, independente do ''laxismo'' do Luis, fui ver no dicionário o que significa. Acredito que essa força policial no centro da cracolândia com o devido encaminhamento seria de mais valia a cidade. Deram muita importância a três uspianos enquanto centenas de crianças, adolescentes, adultos estão desencaminhados e desencaminham transeuntes ao lado de delegacias paulistas. Há que se fazer alguma coisa.
    Abraços.

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  6. Tambem acho. PM na cracolandia E na USP. Qual o problema?

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  7. O problema é a arrogância onde deveria ter discernimento, o peso da mão e do abraço. Teve muito barulho e ninguem ouviu nada.

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