terça-feira, 1 de novembro de 2011

PIADAS DA IMAGINAÇÃO.


Meu caro e quase inexistente leitor, será que é só comigo que acontece de, às vezes, lembrar de alguma coisa que não tem nenhuma relação com coisa nenhuma e ficar com aquilo na cabeça?
Por dias?

Pode ser uma musiquinha besta (“Poneis malditos, poneis malditos, lá, lá, lá, lá...!”).
Ou um comentário pouco elogioso de alguém sobre outro alguém.
Ou mesmo a roupa esquisita que uma mulher estava usando em uma reunião...

Veja, por exemplo.
Lembro da cena, mas não lembro do filme: ao fim de um evento qualquer, na Inglaterra, talvez um casamento, o fotógrafo reúne todo mundo para tirar uma foto. Para ser engraçadinho e para fazer todo mundo sorrir, ele pede: 

Todo mundo pensando na rainha fazendo cocô!

Obviamente, um show de risos!

Eu mesmo, apesar de não ser britânico, ri.
Fiquei imaginando Betinha (viu minha intimidade com a rainha?), de coroa na cabeça, coberta de colares e jóias, levantando o real vestido, baixando a calcinha real, sentando-se no “troninho” (não no TRONO, mas no “troninho”) e mandando ver!
Depois, ampliando essa “piada imaginativa”, era só esperar que ela gritasse: “Alfredooooo!!!”
Heheheh !!!

Alguém já disse que piada tem muito a ver com a língua.
Tem muitas piadas que são intraduzíveis.
Gozadas em português, não fazem o menor sentido em inglês.
E vice-versa.

O mesmo acontece, acho, algumas vezes, com personagens e pessoas.
Para um inglês, a imagem de Sua Majestade Real na “casinha” é algo hilário.
Para o brasileiro médio, gera um sorrisinho, se tanto.

Fiquei pensando: um fotógrafo, no Brasil, arrancaria alguma risada dos fotografados se gritasse: 

Todo mundo pensando na Dilma fazendo cocô!!!”?

EU não riria.
Iria, provavelmente, sair de perto, justamente para não ser fotografado por um bocó desses.

Não por achar um desrespeito com a Dilma.
Mas por achar um verdadeiro desrespeito para comigo !!!
Essa imagem, com certeza, tiraria o sono de qualquer um por anos (viu, não caí na tentação de fazer um trocadilho fácil) ...

Já, se a piada fosse com a MARTA SUPLICY, tenho certeza que os paulistanos teriam espasmos de tanto rir...

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