segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DEU SAUDADE.




Quero falar de três coisas que, na verdade, estão interligadas.


- Estou acabando de assistir o filme “Testemunhas de uma guerra” (2009, com Colin Farrell e a lindíssima Paz Veja, Dir. Denis Tanovic).
O filme retrata a história de dois fotógrafos que vão ao Curdistão para cobrir uma guerra que estava acontecendo por lá.
Um volta e outro não.
Não vou detalhar mais a história, já que você, caro e quase inexistente leitor, por vir a querer ver o filme.
E vale ver sim.

- Tem uma cena no filme, em que os fotógrafos se vêem no meio de uma batalha.
O cara se joga no meio dos soldados, tirando fotos das mortes e da comemoração dos que venceram a batalha.
Fiquei lembrando do que dizia Robert Capa.
Esse cara foi um fotógrafo “das antigas” que, entre outras coisas, cobriu a segunda guerra mundial e a invasão da Normandia.
Aliás, diz a lenda, que um laboratorista, na ânsia de ver as fotos que ele tirou na Normandia no Dia D, acabou por destruir os filmes todos. Sobraram umas poucas fotos.
A foto acima é uma das que sobraram.
Bom, o certo é que ele não usava tele-objetivas e dizia: 
Se a foto não ficou boa, é porque você não chegou perto o suficiente...”.
Ele morreu ao pisar em uma mina terrestre durante a guerra da Indochina.
Seu corpo foi encontrado sem as pernas. Mas ele ainda segurava sua câmera...

- Durante a primeira parte do filme, enquanto os caras estão na guerra, eles tiram fotos.
Usam maquinas analógicas, trocando os filmes nos meios dos tiroteios, virando o filme com a manivela da máquina...
Fiquei lembrando da minha Zenith, minha primeira máquina “séria”. Dei aula uns 6 meses e com a grana, comprei a Zenith, e umas lentes.
Depois, já mais exigente, troquei a “Zenitinha” (na verdade vendia a máquina no Mercado Livre...) por uma Nikon FM 10. 
E foi como sair de um Fusquinha para uma Mercedes...
Depois da Nikon, já veio a fase digital, com uma Sony.
E agora, já passei por duas outras Nikon´s digitais.
Minha maquina hoje deve ter memória para umas 1.000 fotos antes de precisar descarregar o cartão.
A maquina é cheia de recursos, botões, regulagens.
Mas juro que, vendo o filme, fiquei com saudade das minhas maquininhas analógicas...

2 comentários:

  1. Maurão, fiquei sabendo que meu falecido avô (ele se foi em 1973) deixou umna Leica dos anos 50, que está em poder do meu pai. Embora medíocre amador "nascido e criado" no modo digital, não vejo a hora de usar a câmera !

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  2. Fernando: você deve saber quem tem nas mãos uma JOIA!!!
    A Leica sempre foi a "Ferrari" das máquinas analógicas.
    Divirta-se com ela.
    De minha parte, meu "sonho de consumo analógico" era uma médio formato ROLLEIFLEX.
    Deve ser uma maravilha fazer retratos com ela...
    Mas, hoje dia, em razão da praticidade, acho que não trocar minha digital. Pregui...
    hehhe!!

    Abraços

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