FESTA DA FAMÍLIA.

No ultimo fim de semana, o COLÉGIO MIRA IRA (http://www.colegiomiraira.com.br/), das minhas irmãs, promoveu a "Festa da Família".

Como sempre, fiz um texto para se lido (e, desta vez, meio "interpretado") na festa.

O resultado foi este.

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Nós do Colégio Mira Ira queremos fazer uma brincadeira com vocês.

Olhem em volta.

Escolham uma pessoa que vocês nunca tenham visto antes ou que não conheçam. NÃO VALE SER UMA DE NOSSAS CRIANÇAS. Tem que ser um adulto, seja homem ou mulher, novo ou velho. O importante é que seja alguém desconhecido para você.

Quando eu disser “já”, vá até essa pessoa, dê um sorriso, e se apresente. Aperte sua mão. Se você for um pouco mais desinibido, dê um abraço. E se for ainda MAIS desinibido, cumprimente-a com três beijinhos no rosto, mania comum no nosso Brasil.

Mas, agora, o mais importante, CONTE para essa pessoa alguma coisa de sua vida cotidiana e pessoal.

ATENÇÃO: NÃO VÁ CONTAR A SENHA DE SUA CONTA BANCÁRIA!!!

Conte algo simples, comum, do cotidiano, mas que fez a sua semana ficar um pouquinho melhor, que fez você sorrir sozinho.

Conte da ninhada de gatinhos que nasceu perto de sua casa; conte de um delicioso “arroz com salsicha” que comeu na casa de uma amiga; conte de uma música que ouviu no rádio e que ainda não conhecia; uma ida ao shopping, onde tomou um delicioso sorvete de chocolate...

Feito isso, volte para o seu lugar. A brincadeira vai continuar.

Atenção, 1, 2, 3...

(... minutinhos...)

Vamos continuar.

Sem olhar, pense na pessoa que cumprimentou você e responda, para você mesmo:

- Era homem ou mulher?

- Que cor de roupa usava?

- Essa pessoa sorriu?

- Apertou sua mão?

- Deu um abraço?

- Três beijinhos?

- E, O QUE ELA CONTOU PARA VOCÊ?

Podemos apostar, sem medo de errar, que ela contou para você um fato do cotidiano, uma coisa simples, do dia-a-dia.

E foi uma situação pela qual você, com certeza, se não passou ainda, vai passar. Não foi com certeza nada incomum, absurdo ou fora do normal.

Sabe por quê?

Caros amigos, vivemos todos no mesmo mundo. Passamos pelas mesmas coisas. Dividimos o mesmo espaço. Comemos as mesmas coisas. Bebemos da mesma água. Respiramos o mesmo ar. Trabalhamos. Assistimos televisão. Criamos nossos animais de estimação. Temos filhos.

E formamos nossas famílias.

Somos, simplesmente HUMANOS.

Independentemente se somos brancos, negros, orientais, indígenas, altos, baixos, magros, gordos, fortes, fracos, se temos olhos castanhos ou azuis, se somos morenos, loiros ou carecas: somos apenas mais uma espécie viva, que divide este maltratado mundinho azul.

Poucas coisa nos diferencia.

O homem moderno sobreviveu a era dos gelos; sobreviveu a pestes e doença; a fome das cavernas.

A humanidade sobreviveu e cresceu graças a sua inteligência, que lhe deu o domínio sobre o fogo. Cresceu graças a sua capacidade de adaptação: enquanto os negros dominavam os trópicos com seu sol forte, os orientais fechavam seus olhos para protegê-los da claridade do sol refletida nas neves.

E, principalmente, cresceu, a humanidade, graças a sua capacidade de formar grupos. De formar famílias.

Somos uma única “raça”: a raça humana.

E as nossas diferenças, só nos fortalecem. Trocamos a fragilidade de nossas “crias”, pela capacidade de raciocinar.

E criamos o instinto de proteger essas “crias”, nos reunindo em famílias.

Nada mais justo, portanto, que hoje, comemoremos a FAMÍLIA e a DIVERSIDADE!

Parabéns a todos!