quarta-feira, 7 de abril de 2010

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO.


Você, meu caro e quase inexistente leitor, é daqueles que acha que já viu tudo na vida, certo?
Você se acha um cara viajado, cosmopolita, sem preconceitos, bom pra caramba, certo?
Pois é.
Você NÃO viu tudo que tinha pra ver.
Tá duvidando?

Ok.

Nesta semana santa, fui para Montevidéu.
Montevidéu lembra muito Buenos Aires.
A cidade é bonita, situada em uma “
curva” do Rio da Prata.
Está um pouco “
desleixada”, talvez.
Na praça central da cidade, bem ao lado do prédio onde fica a Presidência da Republica, tem um prédio que lembra muito o velho São Vito lá de Sampa.
Um prédio feio, com um monte de ar condicionado para fora, sem nenhum cuidado...

Em compensação, tem alguns prédios muito bonitos, bem cuidados.

Mas o que vale mesmo a pena, é o CHURRASCO, que lá é conhecido como “
parrilla”.
Na verdade, é até um pouco estranho.
Eles servem para você um pedaço de carne. Ótima. Mas só a carne. Não tem nem um arrozinho...
O acompanhamento, no geral, é a boa e velha batata frita.
Mas você tem que pedir.
Nada acompanha a carne.
É estranho pra gente.

Eu não sou muito de comer arroz & feijão.
Mas só carne assada também...

Mas do que eu quero falar mesmo, é a tal da feira de antiguidades de “
Tristan Narvaja”.
Você conhece a feirinha do Masp, do Bexiga ou a da Praça Benedito Calixto, né?
Um local mais ou menos definido, onde podemos encontrar um monte de tranqueiras e, às vezes, com sorte, até alguma antiguidade “
verdadeira”.
Tanto no Masp, no Bexiga, como na Benedito Calixto, você consegue dar uma boa olhada em tudo em, digamos, uma horinha.
Pois bem.
Em Montevidéu, a tal da feira ocupa, sem mentira, umas 20 RUAS!!!
Não é exagero não!!!
A tal da rua Tristan Narvaja é só UMA das ruas.
Tem um monte de ruas perpendiculares e paralelas lotadas de barraquinhas em volta!!!

Quando o táxi deixou eu e a Su lá, achei que o cara não tinha entendido direito e tinha deixado a gente em uma “
feira livre”, dessas que temos por aqui, com barracas de comidas e frutas.

Que nada.
Era só o “
comecinho” da feira!!!
Começamos a andar e, em cada quarteirão, uma surpresa.
Tinha quarteirões com móveis, outro com roupas (foto acima), outro com artesanatos e por aí a fora.

Tinha um cara com uma barraca vendendo, acreditem se quiser, PARAFUSOS E PREGOS USADOS!!!

Outro sujeito, tinha um aquário, dentro do qual estava uma COBRA. E que diabo de cobra feia...

Sem contar discos de vinil, fotos antigas, rádios, geladeiras, máscaras, vitrolas, maquinas fotográficas, cds e dvds piratas, quadros, chapéus, máquinas de costura, retalhos de couro, tecidos, e sei lá mais o que...

Andamos por lá a manhã toda. Mas, apesar disso, não encontrei absolutamente nada que pudesse valer a pena comprar.

Que saudades da Bendito Calixto.
Né, Puebla?

4 comentários:

  1. Pois é, essas e outras feiras refletem o estado das coisas onde ocorrem, pessoas tentando vender, trocar, negociar o que lhes resta na vida. Tentam.
    Vale.

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  2. Pois é.
    Nem sei se a coisa é tanto assim, pela pobreza.
    Tinha muita gente que, parecia, estava lá vendo a vida passar.

    E cão será objeto de um post, qualquer hora.
    Só adianto que foi pro interior e tá feliz da vida, la no sítio, com um p... espaço.

    'Braços

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  3. ''é só sentar, tomar a fresca e ver o mundo passar...''

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