Estive
lendo um livro (“Amor sem limites”
Robert Heinlein), onde tem uma história de uma viagem no tempo.
Na
verdade, no livro, a viagem no tempo em si, sequer é “explicada”. O importante são as consequências dela.
Enfim,
leia o livro.
Mas
fiquei com essa história de “viagem no
tempo” na cabeça.
E
lembrei de uma frase que alguém falou outro dia, que era mais ou menos assim: “todos nós estamos viajando no tempo. Mas
somente em uma direção!”.
Somos
todos “viajantes do tempo”, viajando,
a velocidades vertiginosas, para o FUTURO.
Não
conseguimos ir para o passado.
Mas estamos sempre indo para o futuro, até o
exato momento da nossa morte.
Maluco
isso, não, MCeQIL...?
A
pergunta seguinte é: tá... E qual expectativa com relação ao futuro?
Sei
lá!!!
Posso
falar, talvez, da MINHA expectativa.
Quando
eu era moleque, o “futuro” para mim
estava no ano 2000.
Naquela
época, quando eu tinha uns 10 anos de idade, imaginava o ano 2000 com carros
voadores, viagens espaciais e colônias na lua e em Marte.
Não
rolou.
Em
compensação, nunca imaginei ter um monte de computadores na minha casa,
inclusive um que cabe no meu bolso!
Naquela
época, COMPUTADOR só tinha na NASA!!!
“Computador pessoal” era uma coisa de... Ficção
cientifica... Quem diria...
Só
sei que tenho, em casa, 6 televisores (mais um no estúdio e – pasmem – uma TV
em cada carro). Antigamente, TV era uma por casa. E olhe lá.
Em
cada TV de casa, graças ao milagre da “tv
a cabo”, tenho um porrilhão de canais!
(ironicamente,
escrevo estas mal traçadas linhas, ouvindo rádio. Na TV!!!)
No
carro, converso com um monte de gente, via o tal do “telefone celular”, sem sequer segurar o aparelho (até porque isso
dá multa).
Antigamente,
acharia que era coisa de maluco ficar “falando
sozinho” no carro.
Hoje
é mais que comum.
Mas,
o que espero do futuro?
Primeiro,
tenho que admitir que já vivi mais tempo do que o tempo que ainda tenho para
viver.
Não
chegarei aos 110 anos de vida.
Estou
entrando (“entrando” ou já entrei faz
algum tempo?) naquela fase em que já não consigo (e nem quero!) mais acompanhar
a velocidade das mudanças na tecnologia.
Meus
computadores, às vezes, apresentam coisas para mim que eu sequer sei para que
servem.
SEM
EU PEDIR!!!!
Absurdamente,
começo a olhar para o passado (para onde não posso voltar...) lembrando e
desejando coisas que dificilmente poderei voltar a ter.
Ok.
Ainda quero a câmera fotográfica mais moderna que eu puder comprar e “pilotar”.
Ainda quero a câmera fotográfica mais moderna que eu puder comprar e “pilotar”.
Quero
um carro modernoso, confortável.
Mas
não abro mão de ter um jipe, duro, ruim de curva e divertidíssimo de dirigir.
Mas,
ainda tem sentido fazer FOTOGRAFIAS no mundo de hoje?
Ainda
tem sentido andar de jipe em estradas de terra?
Você,
MCeQIL, talvez esteja torcendo o nariz e dizendo: “estrada de terra? Fotografia? Que coisa mais antiga... credo...”.
Mas,
assim é a vida.
Pare
e pense: qual a sua expectativa para o SEU futuro?
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