quarta-feira, 15 de junho de 2016

PRA MALU.




Malu

Li o seu texto (https://medium.com/@maludini/a-dor-e-a-del%C3%ADcia-de-ser-surda-79aff1fe1f34#.gx6jzem3c).
E não fiquei com “dozinha” de você.

Como diria o Mateus, “dó é para os fracos”.

E se serve de algum consolo, as vezes nem me lembro de sua surdez.

Já fizemos cursos juntos, sendo que em um deles, eu só “briguei” com a “pro” e você saiu de lá amiga dela...

Será que EU não ouvi o que ela tinha pra dizer?
Quem será que foi o “surdo” nessa história?

Enfim, sobrinha, tenho que dizer que não faço a mínima ideia do que você passa no seu dia a dia.

Já me perguntei como seria não ouvir música (que tanto gosto), não ouvir rádio (que tanto ouço), ter dificuldade em ver televisão.
Não consigo imaginar.

(Tenho evitado ir ao cinema, pois os filmes são todos DUBLADOS!!! Acho um horror!!!!! LEGENDAS JÁ!!!!)

Mas vejo que você soube muito bem, dentro do possível, “fazer do limão uma limonada”.

Lembro de sua mãe te dando um esporro e você, discretamente, desligando o aparelho: “Pode falar, não ouço nada!!!
Lembro da zona no sitio e você, dormindo tranquilamente, com o aparelho desligado.

É a vida.

Imaginei, para você, uma vida onde você estaria ligada a computadores, onde o som não é lá tão importante.
Imaginei você atenta a tudo a sua volta, compensando a falta de um sentido com extrema atenção aos demais.

É a vida.

Não consigo imaginar como você se vira no seu dia-a-dia.
E, confesso, na verdade nunca pensei muito nisso.

Mas, se assim faço, é porque VEJO como você se vira.

E ante a sua aparente falta de dificuldade, me sinto orgulhoso: 

VIVA A SUA LIMONADA!!!


Força, Malu.
Bola pra frente.


E se quiser trabalhar com fotografia, seu velho tio está por aqui.





3 comentários:

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