MCeQIL, se você é do tempo do “combo”
computador/internet rápida/ipod/mp3, talvez você não tenha a mínima ideia do
que seja um DISCO DE VINIL.
Hoje, caro pimpolho, você entra
na internet, procura a música que quer, baixa para o computador, coloca no ipod
(ou outro “tocador de mp3”) enfia um fone no ouvido e sai ouvindo.
Até pouco tempo atrás, porém, você
tinha que ir até uma loja, e comprar um CD, onde o seu cantor/cantora/banda preferido havia gravado umas 12 músicas.
Sim, MCe QIL, você PAGAVA pelas
músicas...
E mais antigamente, antes de tudo
isso, tinha uma coisa chamada DISCO DE VINIL.
Se você nunca viu um, imagine uma
“bolacha”, de uns 30cm de diâmetro, geralmente preta, com um furinho no meio.
Você tinha que colocar aquilo em
uma traquitana chamada de vitrola ou, mais modernamente, toca-discos.
A seguir, você colocava aquilo
pra girar, a exatas 33 rotações por minuto (tá, mais antigamente tinha uns que
rodavam a 45 rpm e 78 rpm), e colocava sobre ele uma “agulha”, que estava
ligada à vitrola por um “braço”.
Aí... SAIA O SOM!!!
De mais ou menos 6 músicas.
Depois disso, você tinha que
desligar a traquitana, mover o braço, VIRAR o disco (o tal do "lado B"...) e coloca-lo novamente pra
tocar.
Sim, não estou gozando: era assim
mesmo.
O tal do disco tinha que ser
limpo, antes de ser tocado, com álcool e uma flanela.
Tinha até um tipo de “apagador”
chique, próprio para se fazer isso. O disco, girando, criava eletricidade estática, que tinha que ser descarregada por esse "apagador".
A tal da agulha, tinha que ser “assoprada”,
antes de ser colocada no disco, para tirar a poeira.
E, de tempos em tempos, tínhamos que
trocar a agulha. Gastava.
Se a vitrola/toca-discos era
importado, a agulha era, obviamente, mais cara.
O disco era feito de vinil, que
não passa de um tipo de plástico.
E, se não fosse tratado com
carinho e cuidado, riscava.
(Lembro do álbum “Paris” do
Supertramp, que riscou de tanto eu toca-lo. Quando fui comprar outro, não tinha
mais. Tive que comprar um importado da Argentina!!!)
A música, então, pulava ou não tocava.
E se você esquecesse o bichinho
no sol?
JÁ ERA!!!
Entortava!!!
DISCO ERA FRÁGIL!!!
Um inferno.
Mas, estando tudo certo, você teria
uns 15 minutos de música.
(O grande barato do disco, talvez
a única coisa em que ele seja superior ao cd, eram as capas.
Rapaz, tínhamos capas
antológicas, lindas fotos, lindos desenhos que, ao serem reduzidas para o tamanho
dos CDs, perdiam muito a graça.)
Naquela época, era muito mais difícil
gravar um disco do que, depois, gravar um cd. Ou hoje gravar um MP3...
Assim, o cara que conseguia gravar
um disco era FERA.
Aí, começaram os “discos
alternativos”.
Selos pequenos gravavam artistas
meio desconhecidos, fazendo pequenas tiragens, que eram vendidas, geralmente,
nos shows dos caras.
Eu, lá pelos anos 1990, troquei o
vinil pelos CDs.
Doei uma série de discos que
tinha (muitos “alternativos” que nunca mais foram gravados), bem como o meu toca-discos (um importadão, fantástico
– para a época....) passando a colecionar CDs. Tenho hoje uns 2.000.
(Que já passei para o meu ipod, super fera, que tem quase 20.000 musicas gravadas.)
Mas, passado o tempo, um pessoal
achou de trazer o vinil de volta.
E recomeçaram a produzir esses
discos, assim como novas VITROLAS e TOCA-DISCOS.
E nessas, ganhei da Su uma dessas
vitrolas “modernosas”, mas com ar "retrô": tem rádio, e toca cd, discos e fitas k7 (essa última
fica pra algum outro post, algum outro dia...). É essa da fotografia lá de cima.
Minha vitrola ainda está
aguardando um local para morar.
Mas, o Clovis (grande Clóvis!!!)
tinha um disco de um cara chamado Roberto Riberti.
Era um desses “alternativos”.
Nesse disco, tem uma musica – “Primeira
Viagem” – que é cantada pelos cantores da família (Is, Mara...) sem que eles
nunca tivessem ouvido essa música, no original.
Eu, então, peguei o disco,
coloquei na minha vitrola e, PASSEI TUDO PRA MP3!!!
E ficou legal.
E dá pra ouvir no ipod, muito
mais pratico que minha vitrola.
Vamos ver se recupero outras joias.
Manterei você, MCeQIL, informado.
NÃO ACHEI, NO YOUTUBE A "PRIMEIRA VIAGEM"
MAS ACHEI "VELHO ATEU", QUE É DO MESMO DISCO.
E É ATÉ CONHECIDA...
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