Vivemos a euforia da Copa do Mundo!!!
(“Vivemos” quem,
cara pálida?!?!?)
Ok, ok.
Vamos mudar.
Tem um monte de gente vivendo a euforia da Copa do
Mundo!!!
Já vi, acredite ou não, meu caro e quase inexistente
torcedor/leitor, UM CARRO enfeitado com bandeirolas verde-e-amarelo!!!
Não é máximo?
Ao mesmo tempo, vivemos a euforia das manifestações.
Se cai uma árvore, já tem gente se manifestando pela ecologia.
Ou contra a prefeitura que não cuida das árvores...
Só sei que no último dia 29, aniversário da Mama, na casa dela,
começamos, eu, meu irmão, minhas irmãs, meus cunhados, sobrinhos, enteada, a Su,
pai e mãe, a discutir copa & manifestações e outras coisas no estilo.
E surgiu a idéia (que já deve ter ocorrido a alguém...) de
juntar futebol, carnaval e MANIFESTAÇÕES.
A primeira idéia foi a de se criar um manifestódromo.
As manifestações seriam confinadas a espaços fechados, como
o absolutamente inútil Sambódromo da Capital Bandeirante, que fica ocioso 363
dias por ano.
Aí, surgiu a idéia de se NARRAR a manifestação, como
se fosse um jogo de futebol.
Imagine e Galvão Bueno gritando “manifestou!!! manifestou!!!”.
E, por fim, tivemos a brilhante idéia de DAR NOTAS às
manifestações.
Fala a verdade: não seria demais?
Seria algo assim: teríamos quesitos como “motivo”, “organização”, “evolução”,
“quebradeira”, e “aprovação pública”.
Poderíamos ter alas como “Ala dos manifestantes do passado”, homenageando o Lindberg Farias, por
exemplo, um velho manifestante cara-pintada!
Ou a “Ala dos manifestantes dos subterrâneos”, com
homenagens a Genoínos, Dirceus e Dilmas.
Lindo de morrer!!!
Começaria assim um desfile, ops, digo, uma manifestação:
“E entra
no manifestódromo agora, o MPL.
Já podemos
observar os camisas vermelhas, segurando cartazes manuscritos!
Podemos
ver daqui a ala “Não vai ter copa” e
a ala “Hospital padrão Fifa”.
Nesse
momento, sobrevoando o manifestódromo, temos o helicóptero do Comandante Hamilton,
sempre de olho na notícia!
Corta
pra mim, corta pra mim e olha lá!
Começa
e evolução e parte dos camisas vermelhas estão tirando as camisas, amarrando no
rosto e se transformando em black-blocs!
Que
bela transformação!
E chega
o momento mais esperado: a depredação!
Já são
duas concessionárias de veículos, dois caixas automáticos, três Mac´s e um
fusquinha!
Todos
incendiados, com a graça e malemolência só encontrados nos manifestantes
brasileiros!
Lindo,
lindo, lindo!!!
E os
sem-teto?
As
alegorias feitas com madeirite, representando os barracos das invasões, são de
muito bom gosto.
Olha os
ônibus, olha os ônibus!!!
Já entram
incendiados, com os manifestantes lançando flechas contra os cavalarianos da
PM!!!
E lá,
OLHO NO LANCE!!!
O
público aprovou quase totalmente a manifestação!”
Nesse momento, poderíamos ouvir a opinião de um
especialista:
“Vamos
ouvir agora a opinião de nossa especialista especialmente convidada.
Fala
SININHO:
- Bom,
achei a manifestação do MPL, chocha e meio sem graça, sem imaginação.
Foram poucos
os rojões lançados contra a multidão. Imagine que ainda não morreu nenhum
cinegrafista!
Em
parte eles se redimiram quando fizeram a barreira na rua, queimando pneus e
sacos de lixo.
E eles
souberam usar bem os menores-traficantes, o que pode ter equilibrado a nota.”
No dia seguinte, teríamos a apuração das notas:
“Unidos
do MPL, quesito ‘fogo em ônibus’...
DEZ,
NOTA DEZ!!!”
Por fim, fechando tudo, teríamos, claro, manifestações contra a manifestação
ganhadora.
Como eles não se manifestaram como deviam, vamos parar a
Marginal...
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