Em tempos de “felicianos”,
acho que é hora de se fazer um exame de consciência.
Em primeiro lugar, quero deixar muito claro que eu não quero acabar com nenhuma das chamadas
“minorias”.
Não vou sair por aí distribuindo sopapos em gays.
Não tenho nada contra negros, japoneses, norte-coreanos, sul-coreanos,
balineses, habitantes das Ilhas Faroe (como será que se chama quem nasce nas
Ilhas Faroe? “Ilhéus faroeses”?), ou qualquer outro habitante desse nosso
mundinho azul.
Mas, meu caro e quase inexistente leitor, não estaria mais
que na hora de se dar um basta nesse excesso de “politicamente correto” em que vivemos?
Para “bater” no
tal do pastor, tem artista, que ao que tudo indica NÃO seria gay,
distribuindo beijinhos em outro artista do mesmo sexo.
Tá.
Pergunto: NO QUE ISSO AJUDA A COLOCAR O PASTOR PRA FORA?!?!?!
Outra, expoente máximo nessa BOBAGEM que é o “axé music”, resolveu que é gay, e “casou”, via instagram (o que não é a
modernidade, não?) com outra moça.
E depois afirmou que “saiu
do armário” CONTRA o pastor.
Então, tá.
TODOS, independentemente de opção sexual, cor,
origem, tem direito a tudo o que a lei permite.
Simples assim.
Mas, se continuarmos a “passar
a mão” na cabeça de “minorias”,
como se todos os pertencentes a tais “minorias”
fossem “coitadinhos”, a coisa não vai
não...
Observe o seguinte.
Fui, na Páscoa, até a cidade de Serra Negra, no interior
aqui de Sampa.
A cidade, pra quem não conhece, é um “paraíso” de compras, com especial ênfase a roupas de bebê, roupas
de frio, roupas de couro e doces & laticínios.
Assim, circulam, alegremente e em paz, pelas calçadas da
cidade, mães & bebes, velhinhos e velhinhas, motoqueiros e GORDOS.
Pois bem.
Eu não estava a fim de comprar nada e fiquei, o feriado
todo, dentro do hotel.
Pra não mentir, só saí um pouco para (adivinhe?) tirar
fotos.
Até que, no dia de ir embora, domingão, a Su me fez ir até
uma loja, literalmente ao lado do hotel, que teria roupas “para o meu tamanho”.
Esclareço: tenho 1,78 metros de altura e 117 quilos.
Gente, SOU GORDO.
A tal loja anunciava, em um cartaz, roupas “G”, “G1”,
“G2” e “G3” (acho que era isso).
Tenho alguma dificuldade de encontrar roupa “do meu tamanho”.
Assim fui até a loja.
E a vendedora disse que, a única blusa que eu gostei, não tinha
em “TAMANHO ESPECIAL”.
Meu caro e quase inexistente leitor: eu não sou “ESPECIAL”.
Não sou “G”.
Não sou “FOFINHO”.
Não sou “TAMANHO GRANDE”.
Não sou “GORDINHO”.
EU SOU GORDO.
Simples assim.
Não me envergonho do meu tamanho.
Apesar de ter alguma dificuldade em achar alguns tipos de
roupa que me sirvam.
Tenho a consciência de que, por motivos de saúde,
seria interessante emagrecer (no meu caso, uns 30 quilos... vai ser facim...).
Mas, não fico jogando meus (muitos) quilos em excesso na
cara de ninguém.
Não peço “favores”
a ninguém.
Não peço “piedade”
de ninguém.
Não faço questão de exigir lugares “especiais” nos cinemas.
Apesar de viajar quase sempre desconfortavelmente, não exijo
lugares “tamanho especial” em aviões.
Mas aí, TODO MUNDO viaja desconfortavelmente...
Exijo o meu direito de ser reconhecido pelo que sou:
um cara GORDO, eficiente, bom fotógrafo, escritor razoável, de ótimo gosto
musical, inteligente e modesto.
(se alguém não entendeu, isso foi uma PIADA!!!)
Enfim: não gosta do pastor? NÃO VOTE NELE!!!
Foi VOCÊ, meu caro e quase inexistente leitor, que o colocou
lá!!!
Junto com o Tiririca.
Junto com o Romário.
Junto com os mensaleiros todos.
Mas, sair distribuindo beijinhos por aí, por mais gostoso
que você possa achar, NÃO RESOLVE O PROBLEMA.
Assim como incentivar essa bobagem do “politicamente correto”, também nada resolve.
Beije quem quiser.
More com quem quiser.
Case com quem quiser.
Durma com quem quiser.
MAS NÃO ESPERE QUE EU ACHE VOCÊ UM “COITADINHO” POR CAUSA DISSO.
Fantástico!
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