Assisti
ontem a versão americana do filme “Os
homens que não amavam as mulheres”.
Aos
18/12/2010 comentei a versão sueca do filme, no post “BOAS NOVAS: AINDA
EXISTE VIDA INTELIGENTE NO CINEMA. MAS SÓ NA SUÉCIA”.
Elogiei
pacas o filme.
(Os
filmes são baseados no livro do mesmo nome, de Stig Larsson, que é ótimo.
Aliás, a série "Millenium" (são três livros) toda é otima.
Recomendo.)
E
quando comentei a versão sueca, falei:
“Só sei que, quando acabei de ler (os livros), pensei que aquilo ali daria um
filme (ou uma série deles) simplesmente sensacional.
Ao mesmo tempo, pensei que os americanos nunca
fariam o tal filme, ao menos sem fazer um bilhão de adaptações que modificariam
toda a coisa.”
Pois
bem.
Errei.
A versão
gringa, que tem o DANIEL CRAIG (o novo “007”)
como “herói”, NÃO tem explosões,
montes de tiros, bilhões de efeitos especiais e etc.
Para
o bem do cinema e do livro, fizeram um roteiro bem fiel ao livro.
E
ao filme sueco.
Nem
tudo são flores, claro.
A
Lisbeth sueca (Noomi Rapace – a cigana do “Sherlock”
2 e a astronauta sobrevivente de “Prometheus”)
é a “verdadeira” e “única” Lisbeth.
A americana
não é ruim.
Mas
não é A Lisbeth...
E quero
contar uma coisa.
Nos
filmes e no livro, a trama gira em torno de algumas fotos, tiradas durante um
desfile, por um fotógrafo de um jornal.
Aí,
lembrei de uma noite, há uns 30, quando eu e uns colegas, matamos aula da faculdade.
Fomos
a pé (sim, naquele tempo era possível fazer isso!!!) do Largo de São Francisco
até a Av. Ipiranga, para vermos um filme no Cine Marabá (acho que era esse...).
Éramos
vários colegas, com a despreocupação dos 20 anos.
O
filme deveria ser algum block buster da época. Mas não faço a mínima ideia de
que filme era.
Só
sei que eu ia conversando com a MARIA DE FÁTIMA MARTINS, uma grande amiga e
colega (que saudades, Fá!!! Nunca mais vi...) da época.
E
lá pelas tantas, um cara entrou na nossa frente e tirou a nossa foto.
A
seguir, nos deu um papelzinho, com um endereço lá no centro velho de Sampa,
onde poderíamos buscar a foto.
Joguei
o papel fora e não fui nem ver a foto tirada.
E
nunca mais pensei no assunto.
Até
ontem quando, sei lá porque, lembrei dessa passagem.
Fiquei
pensando: como alguém poderia sobreviver, tirando fotos na rua e vendendo essas
fotos?
Imagine
as fotos que esse cara deveria ter!!!
Será
que algum crime foi desvendado com as fotos que ele tirou?
O
que será que foi feito dos negativos de anos e anos de fotos tiradas nas ruas?
Provavelmente
foram jogados fora, sem dó nem piedade.
Tempos
diferentes, não?
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