sábado, 25 de setembro de 2010

MOTOBESTAS

Fala-se muito, meu caro e quase inexistente leitor, da apropriação do chamado “espaço público” por particulares.
Em geral, são reclamações contra os manobristas de restaurantes e de lojas que, pegam seu carro, param em algum lugar na própria via publica e cobram por isso.
Ou lojas e oficinas, que “guardam” lugares na rua para seus clientes.
Esses caras costumam “reservar” vagas na rua, para parar os carros de seus clientes.

Mas, na minha humilde opinião, muito pior é o que fazem os motobestas. Eles acham que as vias publicas são deles e que, portanto, todos tem que adivinhar quais são e ceder aos seus insondáveis desejos, sob pena de terem seus veículos danificados.

Tive o desprazer de, ontem a noite, trafegar pela Av. 23 e Maio em Sampa.
O transito estava horroroso e chovia fininho e intermitentemente, atrapalhando a visão traseira e pelos espelhos.
De toda forma, me mantive na pista da esquerda, dentro da faixa.
Conhecendo os motobestas, evito trocar de faixa ou fazer manobras bruscas. E sempre sinalizo o que vou fazer.
Mas, para minha surpresa, em dado momento, um dos tais motobestas passou por mim, em velocidade altíssima, deu uma “porrada” no meu espelho retrovisor do lado direito e, gentilmente, me mostrou o “dedo do meio”.
Obviamente, o covarde não parou para me explicar o porque dessa atitude.

E eu estava PARADO!!!

Meu filhote, sentado no banco do passageiro, levou um susto imenso.

Minha reação, obviamente, foi de elogiar a mãe do motobesta. O sangue subiu, a pressão também. Certamente, se tivesse tido a oportunidade, teria feito uma besteira, agredindo o tal do motobesta.
Se você, caro e quase inexistente leitor, prestar a atenção, eles trafegam nos “corredores” formados pelos veículos e querem que os carros dêem espaço para eles.
Só que não há como “dar espaço”.
Os carros estão em suas faixas, trafegando em baixíssima velocidade (ou parados...). Ir para onde? Como dar passagem?
E eles querem passar pelos dois lados dos carros.
Se você escolhe ficar mais para a esquerda, quem passa pela esquerda reclama de você. Se ficar do lado direito...

Enfim, está mais que na hora de se tomar providencias contra esse absurdo.
É preciso que se proíba as motocicletas de trafegaram no corredor.
Senão, mais tragédias irão acontecer.
Some um motobesta com um motorista cansado e estressado e veja o que dá.

Para nossa sorte, as estatísticas indicam que morrem dois motobestas por dia em São Paulo.
Enquanto os políticos não tomam providencias, vamos aguardar que essa fauna urbana diminua, consumida pela "lei da selva", onde o mais forte come o mais fraco. Carros e caminhões são mais fortes que motocicletas velhas, mambembes e, na maioria dos casos, montadas com peças roubadas.

Já vi em um carro um adesivo de pára-choques com a frase: “Já matou seu motoboy hoje?”.
Ainda chegaremos lá.

E por culpa exclusiva desses motobestas...

Um comentário:

  1. A questão vai além da bestagem deles, é a superpopulação de Sampa, enquanto as pessoas insistirem em inchar a megalópole, é só isso que vai crescer: os problemas.
    Vamos descentralizar, vamos distribuir!

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